Sérgio Ricardo enfrenta sistema e dá 15 dias para empresas comprovarem legalidade dos contratos ou dívidas serão anuladas
Em um gesto inédito de coragem institucional, o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, colocou um ponto final na omissão e deu o recado mais duro já visto contra o escândalo dos empréstimos consignados que afeta diretamente milhares de servidores públicos estaduais. Durante pronunciamento oficial, Sérgio Ricardo convocou todas as empresas que operam com consignados — incluindo a Capital Consig — a apresentarem, em 15 dias, todos os contratos assinados com os servidores. A medida radical joga luz sobre uma teia de ilegalidades e descontrole que, até agora, seguia acobertada por silêncio e conivência.
“Os contratos que não forem apresentados aqui serão nulos e as dívidas deixarão de existir”, decretou o presidente do TCE, afirmando ainda que o Estado será proibido de seguir descontando esses valores na folha de pagamento dos servidores. O conselheiro foi além: disse que toda a origem do problema nasceu dentro do próprio Tribunal de Contas, num reconhecimento raro e corajoso sobre as falhas institucionais que alimentaram o caos.
A decisão representa um divisor de águas e promete desmantelar um esquema bilionário de endividamento irregular de servidores, que pode atingir mais de 20 mil trabalhadores e já tem ramificações que levam ao entorno familiar do governador Mauro Mendes, segundo denúncias em curso. A ousadia de Sérgio Ricardo em romper com a inércia do Estado e exigir transparência joga pressão sobre as operadoras de crédito e também sobre os setores do governo que se beneficiaram da opacidade nos descontos salariais.
Enquanto muitos se acovardam diante do poder econômico e político das empresas envolvidas, Sérgio Ricardo coloca o Tribunal de Contas no centro da defesa dos servidores públicos, resgatando o papel fiscalizador da Corte e colocando prazo para o fim da farra dos consignados ilegais. É a primeira vez que se vê, em alto e bom som, uma autoridade pública disposta a anular dívidas fraudulentas e responsabilizar quem lucrou à custa da angústia de quem trabalha honestamente para o Estado.
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