Comentaristas do g1 e da GloboNews analisaram o resultado do primeiro turno das eleições neste domingo (2). Os números confirmaram o cenário de polarização da disputa eleitoral: com 99,99% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha 48,43% dos votos, e Jair Bolsonaro (PL), 43,20%.
Em 14 estados e no Distrito Federal, a disputa para governador foi decidida já no primeiro turno. 12 estados terão 2º turno.
Veja abaixo como avaliaram os comentaristas:
Andréia Sadi
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Na avaliação da jornalista da GloboNews Andréia Sadi, o resultado das eleições para o bolsonarismo, na prática, enterra uma direita moderada no país. Sendo uma força muito difícil de ser dissipada, o bolsonarismo deve ficar ainda mais reforçado dentro do Congresso, por meio de pautas importantes.
A comentarista destacou que, no pronunciamento após o resultado das urnas, Bolsonaro estava sereno, tentando entender os números. No entanto, mesmo com vitória no Congresso devido à eleição de vários parlamentares que tem Bolsonaro como cabo eleitoral, o presidente ficou contrariado por ter chegado atrás de Lula na disputa pela presidência.
Octavio Guedes
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O comentarista Octavio Guedes vê o candidato do PT, o ex-presidente Lula, como uma ilha em meio a um oceano de extrema direita e conservadorismo. Ele considerou o resultado da votação deste domingo uma espécie de continuação da eleição de 2018, com o que ele chamou de “derretimento total do mundo político”.
Para Guedes, Simone Tebet (MDB), mesmo com toda campanha e depois de sair maior do que entrou, não superou a votação que o Quércia teve em 1994 (ficou com 4,38%), nem que Ulisses Guimarães teve em 1989 (com 4,60%), e o MDB repetiu um desempenho pífio. O Ciro Gomes, por sua vez, teve 3%. Os dois candidatos viraram nanicos para enfrentar essa extrema direita, na avaliação de Guedes.
Gerson Camarotti
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Para Gerson Camarotti, a campanha de Bolsonaro conseguiu fortalecer o antipetismo e o antilulismo. Ele destacou que a campanha do voto útil do petista gerou uma reação do voto útil em Bolsonaro. “Isso fica muito claro quando a gente observa os votos brancos, que caíram um ponto percentual – de 2,65% para 1,59% -, e nulos, que caiu de 6,14% na eleição passada para 2,82%”.
O comentarista afirma que as pesquisas não captaram o movimento que fez melhorar o desempenho de Bolsonaro na disputa contra Lula. “Era mais que o eleitorado evangélico. A campanha de Bolsonaro estava conseguindo conversar com o eleitorado conservador, inclusive com o eleitorado conservador feminino, que aí já estava mais só no eleitorado evangélico”, afirmou.
Valdo Cruz
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O comentarista Valdo Cruz analisou o discurso de Lula após a confirmação do segundo turno. Para ele, o candidato petista tentou passar uma imagem de normalidade que não bate com a realidade. O jornalista também disse ter conversado com integrantes da campanha de Lula e que a avaliação é de que o segundo turno será mais difícil.
Valdo destacou, ainda, que a campanha tinha expectativa de que, caso fosse para o segundo turno, seria com diferença de cerca de 10 pontos percentuais, mas o número caiu para a metade, com diferença de cinco pontos percentuais. Além disso, houve o que ele chamou de “uma onda de direita tomando conta do país”.
Fonte G1 Brasília