Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participa do desfile em comemoração da data. Chefes de Estado de três países de língua portuguesa, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros do governo federal e outras autoridades também compareceram.
No evento, manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) levaram faixas para as comemorações na Esplanada dos Ministérios. Alguns participantes levavam material com dizeres antidemocráticos e contra ministros do STF.
Veja, abaixo, comentários de colunistas do g1 sobre o 7 de setembro.
Gerson Camarotti
Gerson Camarotti destaca que uma “apropriação eleitoral” do Bicentenário da Independência está tendo reflexo em todas as campanhas dos Presidenciáveis. Para o jornalista, o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro está usando a data de hoje como “uma espécie de ponto de inflexão de sua campanha”.
“Ele está num momento difícil do ponto de vista das pesquisas, mostrando uma estagnação, mesmo depois de vários movimentos, como no primeiro ciclo de pagamentos do Auxílio Brasil, no primeiro ciclo da Propaganda Eleitoral Gratuita, da entrevista no JN, dos debates. Essa estagnação preocupa”.
“Então, a utilização política de um evento que deveria ser uma parada militar em Brasília e do evento marcado em Copacabana, no Rio de Janeiro, é uma inflexão da campanha de Bolsonaro, para justamente tentar uma virada”, analisa o colunista.
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Para Camarotti, isso tem causado uma reação dos demais candidatos à presidência da República.
“O contraponto é grande. De forma preventiva, já no dia de ontem, observamos falas na propaganda eleitoral e durante entrevistas como a do ex-presidente Lula, que deixou muito claro que a bandeira do Brasil é um símbolo do país, não um símbolo político de uma agremiação política”.
Valdo Cruz
“Desde julho, [Jair Bolsonaro] vem tentando transformar esse momento marcante que o Bicentenário da Independência em uma confirmação do seu estilo de governar”, explica Valdo Cruz. Segundo o colunista, Bolsonaro está tentando capitalizar esse momento histórico de forma eleitoral.
“Não é novidade. Outros governos já fizeram isso. principalmente durante o período militar. [Bolsonaro] acaba copiando isso, com a diferença que antes não tinha eleição. Agora tem. No ano passado nós já vimos o presidente usando essa data para fazer uma forma de ato político, divulgar suas ideias e pensamentos e atacar aqueles que ele considera adversários”.
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“No ano passado, ele mesmo depois admitiu que exagerou no tom, tanto que foi obrigado a assinar uma nota redigida pelo ex-presidente Michel Temer, recuando e pedindo desculpas pelas críticas que ele achou exageradas, severas e ácidas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Hoje, ele volta a transformar isso num ato político. Mas 7 de setembro não é uma data do bolsonarismo, nem do petismo”, acrescentou Valdo.
Fonte G1 Brasília