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Equipe de Lula vê ‘sabotagem’ em ações que podem aumentar abstenção e entra em alerta

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A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em alerta para ações que podem ser adotadas em algumas cidades do país para aumentar a abstenção, como proibição de passe livre no transporte público e redução no número de ônibus disponíveis para a população no dia da votação.

Em reação a esse tipo de “sabotagem”, o líder da oposição no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir passe livre no transporte público em todo o país, depois que a cidade de Porto Alegre, que sempre concedeu esse benefício em eleições desde a redemocratização, decidiu revogá-lo.

?Estamos tomando providências para evitar ações que tenham como objetivo dificultar a ida dos eleitores às sessões no próximo domingo e vamos denunciar operações neste sentido?, disse Randolfe Rodrigues.

A equipe do ex-presidente avalia que está em curso uma onda final a favor de Lula, o que aumenta as chances de vitória no primeiro turno. A campanha acredita que uma vitória no próximo domingo (2) seria estratégica para esvaziar o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral.

Se Bolsonaro tentar “melar” a eleição no primeiro turno, ele pode prejudicar até apoiadores que serão eleitos como governadores, senadores e deputados. Neste caso, avaliam assessores de Lula, os próprios aliados do atual presidente se colocariam contra ele, para evitar que eles também fossem atingidos pela aventura bolsonarista.

No comitê da reeleição do presidente Jair Bolsonaro, segue a confiança de que a eleição irá para o segundo turno. Nos últimos dias, porém, assessores passaram a admitir a hipótese de derrota ainda no primeiro turno.

A avaliação é que, enquanto o petista conseguiu produzir fatos novos nos últimos dias, com a declaração de apoios como os de Joaquim Barbosa, Celso de Mello e do economista André Lara Resende, além de artistas, Bolsonaro não criou nenhuma novidade desde a semana passada.

Pelo contrário, voltou a atacar o Judiciário, contribuindo para aumentar a sua rejeição. Por isso, para evitar o encerramento da disputa já no domingo, Bolsonaro vai apostar tudo no debate da Globo desta quinta-feira (29). Um bom desempenho, segundo a equipe do presidente, vai garantir a realização de um segundo turno. O governo conta ainda com uma abstenção maior entre eleitores de Lula.

Aliados do presidente Bolsonaro avaliam que não basta chegar ao segundo turno, é preciso terminar o primeiro turno com uma diferença de cinco a seis pontos em relação a Lula para ter chances de uma virada na reta final.

Mas, se a diferença for superior a dez pontos, os aliados alertam que Bolsonaro estará apenas adiando uma derrota para o petista. ?Uma diferença muito grande no início do segundo turno, com a rejeição alta de Bolsonaro, significa apenas adiar uma derrota?, diz um aliado do presidente da República.

Fonte G1 Brasília

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