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Bolsonaro não mencionou prostituição em visita a venezuelanas em 2021

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de críticas nas redes sociais no último sábado (16) por conta de uma frase sobre meninas venezuelanas.

Numa entrevista concedida na véspera, Bolsonaro afirmou que “pintou um clima” ao ver, durante um passeio de moto no Distrito Federal, um grupo de venezuelanas de 14 e 15 anos, numa comunidade, e que decidiu visitá-las (veja no vídeo abaixo).


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O presidente deu atender que as meninas estavam se arrumando para se prostituir.

“Meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida””, afirmou o presidente sobre a visita, que ocorreu em abril de 2021.

Na madrugada deste domingo (16), após a repercussão negativa da frase, Bolsonaro foi às suas redes sociais e usou a transmissão ao vivo da visita para se defender. Disse que tinha a tinha feito para mostrar a indignação com a situação em que garotas estavam. E voltou a insinuar que elas se prostituíam:

“Mostrei o que estava acontecendo naquela casa com indignação. Para mostrar para a população brasileira que nós não queremos isso para as nossas filhas”, disse o Bolsonaro neste domingo (16).

Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo com a transmissão ao vivo que, segundo ele, refere-se à visita feita na casa em que estavam as venezuelanas. Trechos da live foram compartilhados por Bolsonaro e pelo filho Carlos no Twitter neste domingo. Embora o vídeo seja de 10 de abril de 2021 (veja abaixo), o presidente afirma na postagem que é de 2020.

Ao longo dos 22 minutos da transmissão da visita, Bolsonaro não falou em prostituição. O presidente criticou o isolamento social decorrente da pandemia, perguntou sobre as condições de vida e também atacou governadores e a ditadura venezuelana.

Em um determinado momento, Bolsonaro agradece o apoio de mulheres que brasileiras que estavam na casa às venezuelanas.

“Repetindo, estou aqui com várias venezuelanas. Vieram aqui pra fazer o cabelo, algumas… [As venezuelanas] têm a colaboração de brasileiras. Muito obrigado a você por tratar bem os meus irmãos. Aqui o pessoal, no início da ditadura venezuelana, o pessoal mais rico foi embora”, declarou.

Ao oferecer apoio do governo brasileiro, Bolsonaro disse que conversaria com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para providenciar documentação para as mulheres e citou programas de apoio aos microempreendedores, como o Pronampe.

Fonte G1 Brasília

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