O ex-governador de Mato Grosso e deputado estadual eleito, Júlio Campos (União) falou sobre sua aliança com o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e enfatizou que mesmo tendo votado no liberal nas duas últimas eleições, respeita os resultados das urnas. Democrata assumido, o político disse nesta quinta-feira (3) que “quem ganha tem que levar”.
Isso porque, desde o último dia (30) apoiadores de Bolsonaro e eleitores ‘anti-petistas’ manifestam contra o resultado do pleito deste ano e pedem “intervenção federal” nas eleições. O pedido nada mais é que a anulação do resultado pelas Forças Armadas com a manutenção de Bolsonaro na presidência a partir de 2023.
“Eu defendo o voto democrático, eu fui e sou bolsonarista, há quatros votei no 17 vestindo uma camisa amarela, agora votei no 22 […] participei da sua reeleição, não só eu, mas minha família toda, votamos, ajudamos e pedimos votos e apesar disso, o Lula ganhou com mais de 2 milhões de votos, então temos que entender que eleição é eleição, quem ganha tem que levar, nós estamos em uma democracia, eu sou contra qualquer retrocesso”, disse em entrevista ao programa Roda de Entrevista.
Segundo Júlio, mesmo se autodeclarando bolsonarista, manifestações que pedem ditadura nunca terá sua presença e nem seu apoio.
“Manifestação pedindo intervenção não terá a minha presença e nem meu apoio, no Brasil não cabe mais esse tipo de coisa, eu vivi os dois regimes, o atual e o de ditadura, regime duro e radical e garanto que não foi bom […] não adianta chorar o leite derramado, perdemos e temos que reconhecer o vitorioso”, voltou explicar.
Lula foi eleito no último domingo com 50,90% dos votos válidos.
Fonte: Isso É Notícia