O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) que também é policial militar, saiu em defesa dos dois companheiros de farda, que prenderam dois jovens filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) na segunda-feira (12) em frente à 13ª Brigada do Exército, em Cuiabá. O deputado considerou a atitude dos policiais como uma medida de prevenção.
Segundo o parlamentar, a prisão pode ter sido necessária até mesmo para resguardar a segurança do casal, visto a hostilidade que se formou em torno da divisão gerada pela política no país, destacando a necessidade de investigação do caso.
“Falo até como policial militar, tem que saber o que é que está tratado no boletim de ocorrência, qual é a situação que os levou a fazer a condução desses jovens. O melhor a se fazer é aguardar a investigação. Agora, os policiais são acionados e pode ser, como fatos que têm ocorrido, casos que muitas vezes acontecem de atropelamento, como aconteceu em Cuiabá. Então nesse sentido, muitas vezes a polícia, quando vem fazer a abordagem, faz até numa forma de levar o trabalho preventivo”, afirmou.
Sobre a presença dos policiais no acampamento de manifestantes, Elizeu reiterou que a função da polícia é garantir a segurança da população, independente do local. “Policial militar tem o livre arbítrio de poder fazer rondas, abordagens, ouvir chamados em qualquer circunstância, qualquer situação. Acredito que o melhor a se fazer no momento é aguardar que as autoridades investiguem e tomem providência. Agora, punir militar por ele estar ali em um ambiente de manifestação? Não significa que ele está ali apoiando o manifesto”, concluiu.
ENTENDA
O caso aconteceu na segunda-feira (12) em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá. Os dois jovens petistas aguardavam o ônibus para a faculdade, em um ponto em frente à Brigada.
No local, há dias está instalado um acampamento de eleitores bolsonaristas, que não aceitam o resultado das eleições. O casal viu os dois policiais se alimentando no acampamento e decidiram filmar a atitude dos agentes com o celular, momento em que começaram a ser hostilizados pelos manifestantes e acabarem detidos pelos militares.
Já na terça-feira (13), o Procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, determinou abertura de dois procedimentos investigatórios contra os policiais, pedindo que sejam apuradas as circunstâncias do fato, visto que existem relatos de que os dois jovens permaneceram por horas presos dentro da viatura, antes de serem levados ao Cisc Verdão, onde foi lavrado o Boletim de Ocorrência.
Fonte: Isso É Notícia