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Governo Lula terá 37 ministérios, anuncia futuro ministro-chefe da Casa Civil

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O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou neste sábado (17) que o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá 37 ministérios.

O anúncio foi feito pelo governador da Bahia após reunião com o presidente eleito Lula, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e com o futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Atualmente, no governo Jair Bolsonaro, o Executivo está dividido em 23 pastas.

Segundo Rui Costa, haverá o desmembramento de pastas, mas sem a criação de cargos.

“Foi um pedido do presidente, que foi, ao desmembrar os ministérios, não haver ampliação de cargos. Ou seja, o custo e o volume de gastos se manter independente da quantidade de ministérios. Então nós estamos finalizando a estrutura com 37 ministérios”, disse Rui Costa.

Conforme o futuro ministro da Casa Civil, os ministérios da Pesca, Cidades e Esporte voltarão a existir. Haverá ainda pastas específicas para os Povos Originários e Gestão.

Costa afirmou ainda que o atual ministério da Infraestrutura será dividido em duas pastas:

  1. Transportes ? que cuidará de rodovias e ferrovias
  2. Portos e Aeroportos

Costa confirmou que o ministério da Economia será desmembrado em Fazenda, Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Segundo o futuro ministro, a pasta da Gestão visa a aumentar a eficiência dos gastos da administração, com redução de despesas e incentivar o uso de novos tecnologias.

A pasta do Planejamento tratará de ações de “longo prazo, com projetos estruturantes, cuidando da economia, da infraestrutura”.

O g1 solicitou à equipe de Lula a lista com as 37 pastas que farão parte do governo do petista, mas o documento não foi disponibilizado até a última atualização desta reportagem.

O desenho da Esplanada de Ministérios de Lula será definido por meio de medida provisória a ser editada no começo de 2023.

Segundo Rui Costa, Lula deve anunciar novos futuros ministros ao longo da próxima semana.

Costa contou também que eles utilizaram como “esqueleto” do governo a divisão da Esplanada no segundo mandato de Lula, que encerrou com 37 ministérios.

Ministros já anunciados

Até o momento, somente seis ministros do futuro governo foram anunciados:

  • Fernando Haddad (Fazenda)
  • Flávio Dino (Justiça)
  • Rui Costa (Casa Civil)
  • Margareth Menezes (Cultura)
  • José Múcio Monteiro (Defesa)
  • Mauro Vieira (Relações Exteriores)

Segundo o colunista do g1 Gerson Camarotti, o ex-governador do Ceará Camilo Santana foi convidado para assumir o Ministério da Educação, mas o anúncio não ainda não foi oficializado.

E o ex-governador de Alagoas Renan Filho (MDB) ganhou força para assumir o Ministério do Planejamento, segundo a colunista do g1 Julia Duailibi. Luiz Marinho está cotado para ser chefe da pasta do Trabalho. E Indústria pode ficar com Josué Gomes da Silva.

PEC da Transição

A discussão sobre o desenho da Esplanada dos Ministérios ocorre no momento em que Lula e o PT tentam ampliar apoio no Congresso para a aprovação da PEC da Transição, que, entre outros pontos, eleva o teto de gastos para assegurar o pagamento do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) de R$ 600.

O texto também recompõe o orçamento de diversas áreas consideradas prioritárias pelo presidente eleito. Lula busca recursos para fazer investimentos no próximo ano.

A proposta já foi aprovada pelo Senado na semana passada, mas não avançou na Câmara dos Deputados nos últimos dias.

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de ações que contestam o orçamento secreto e a disputa de partidos por cargos no futuro governo travaram a análise da PEC da Transição na Câmara.

Questionado sobre o tema, Rui Costa afirmou que Lula “não quer misturar as duas coisas: a votação na Câmara e a escolha dos ministérios”.

“A votação na Câmara, o presidente espera, nós esperamos, o povo brasileiro espera que a atitude da Câmara seja semelhante à do Senado. O Senado, em momento nenhum, condicionou a uma negociação de mistérios ou de cargos, e temos a confiança, a crença, de que a Câmara fará a mesma coisa”, afirmou o futuro ministro da Casa Civil.

Fonte G1 Brasília

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