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Governo estuda enxugar funções do GSI e criar nova agência de inteligência

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A remodelação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que vem sendo estudada pelo governo, após a crise que levou à saída do ministro general Gonçalves Dias, deve incluir um “enxugamento” do órgão.

Por esse modelo em análise, o GSI ficaria apenas com a segurança do presidente e seus familiares. Sairia do gabinete, assim, a função que falhou nos atos golpistas de 8 de janeiro quando o GSI era comandado por Dias: as ações de inteligência.

A ideia é repassar essa missão a um novo órgão, uma grande agência de inteligência que também absorveria o quadro atual da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Uma fonte do GSI ouvida pela GloboNews afirma que a intenção é seguir “os moldes da CIA, a agência de inteligência americana, reunindo civis e militares na inteligência, que é uma atividade estratégica para qualquer país”.


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O modelo deve ser apresentado a Lula nesta semana. Veja o que está sendo proposto:

  1. Converter o GSI em uma “Casa Militar”, ou seja, uma estrutura similar à que já existe nos governos estaduais para garantir a segurança do chefe do Executivo;
  2. Tirar as atividades de inteligência do GSI ? hoje, o gabinete tem essa atribuição e decide, a partir de relatórios das polícias, ações do governo nessa área.
  3. Repassar as atividades de inteligência para uma nova agência estatal especializada a ser criada, composta por militares e civis (hoje, 90% do GSI é militar).
  4. Transferir a Abin, hoje no “guarda-chuva” da Casa Civil, para ser subordinada a essa nova agência.

A remodelação do GSI é uma reação do governo aos atos golpistas e aos vídeos, revelados na última semana, que mostram o ex-ministro Gonçalves Dias circulando pelos andares superiores do Palácio do Planalto. Vídeos que, anteriormente, Dias disse que não existiam.

A proposta é reação também à iminente abertura de uma CPMI no Congresso para tratar dos atos golpistas, que deve ser usada pela oposição ao governo Lula para apontar suposta omissão do governo no controle dos manifestantes.


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Fonte G1 Brasília

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