Um grupo, intitulado de “Movimento Cuiabá sem Corrupção”, ingressou nesta terça-feira (16), com um ‘pedido de investigações’, contra a vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT) e pediu providências ao Ministério Público do Estado (MP), Tribunal de Contas (TCE), na Corregedoria-Geral do Estado, na Corregedoria Municipal de Cuiabá, na Câmara dos Vereadores e na Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), que fosse analisada a denúncia de suposto esquema de ‘rachadinha’ no Gabinete da petista.
Isso porque, Edna foi acusada de receber no ano passado, pelo menos R$ 20 mil da Verba Indenizatória da sua ex-chefe de Gabinete, Laura Natasha Abreu.
“Pedimos que o Ministério Público adote as medidas necessárias para apurar a conduta da vereadora Edna Sampaio; de seu esposo Willian Sampaio; Da Sra. Laura Abreu; e dos demais chefes(as) de gabinete que antecederam ou sucederam a senhora Laura Abreu na Chefia de gabinete da vereadora Edna Sampaio, e promova a responsabilização cabível e necessária aos envolvidos, se constatada a efetiva concretização dos fatos reportados”, diz trecho do documento.
Além disso, o movimento ainda exige que o Tribunal de Contas bloqueie R$ 154.000,00 da conta da vereadora ‘para não haver prejuízo ao patrimônio público’.
“Ao TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO MATO GROSSO que bloqueiem o valor de R$ 154.000,00 (cento e cinquenta e quatro mil reais) na conta bancária da vereadora Edna Sampaio para não haver prejuízo ao patrimônio público. Tal valor corresponde a quantia recebida pelos(as) Chefes(as) de Gabinete da vereadora Edna Sampaio do mês de janeiro de 2021 até abril de 2023 (ANEXO 22)”, justifica.
Composto pela sociedade civil, não foi atribuído nenhum “líder” ou membros à frente do movimento, todo o documento foi protocolado em nome do “Movimento Cuiabá sem Corrupção”.
O caso
A denúncia veio à tona no dia 3 de maio deste ano, em uma reportagem publicada pelo site RD News, que mostram comprovantes bancários, áudios e conversas de WhatsApp, que comprovam que o valor foi repassado gradualmente à vereadora, por sua chefe de gabinete.
Em conversas de WhatsApp divulgadas pela reportagem, o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, aparecia cobrando Laura a devolução da VI recebida por ela, de R$ 5 mil ao mês. A então servidora, de acordo com as conversas, sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.
Alegou perseguição
Através de uma live em suas redes sociais, a vereadora se pronunciou sobre a denúncia. Segundo ela, desde o início de seu mandato, no ano de 2021, adotou a centralização de verbas indenizatórias’ em seu gabinete. Conforme Edna, as VIs da chefe de gabinete e da própria vereadora seriam, para custeio de despesas do trabalho legislativo.
“Essa é mais uma tentativa de represália à Vereadora que incomoda, por suas palavras, por sua coragem, e pelo seu posicionamento político, que não agrada aqueles que fazem de seus cargos públicos meio de perpetuação no poder e enriquecimento ilícito. Continuaremos a fazer política, sem medo, sem nos deixarmos intimidar por acusações levianas e mentirosas feitas por quem não merece a confiança do povo”, disse a vereadora em nota, assinada por membros de seu gabinete.
Fonte: Isso É Notícia
