O Palácio do Planalto e a equipe econômica tentam apaziguar os ânimos após as críticas recentes que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara dos Deputados. Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da Band, Haddad disse que a Câmara não pode humilhar o Senado e o Executivo. O ministro criticou também o excesso de emendas impositivas no orçamento.
As declarações de Haddad surpreenderam interlocutores porque, entre todos os ministros, ele é o que tem a melhor relação com o parlamento, especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
As falas incomodaram também os auxiliares do presidente Lula, mas no Palácio do Planalto e entre os deputados governistas, o discurso é que ainda dá para contornar o mal-estar provocado pelas críticas públicas à Câmara e ainda garantir a votação do marco fiscal ainda essa semana. Interlocutores do governo avaliam que a entrada de Lula em cena deve acalmar Lira.
O presidente se reuniu hoje pela manhã, no Palácio da Alvorada, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo auxiliares do Planalto, Lula afirmou que vai resolver a reforma ministerial essa semana.
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A previsão é que ele faça outra reunião entre terça e quarta-feira com seus ministros e articuladores mais próximos para apresentar quais ministérios ele irá oferecer ao PP e Republicanos. Em seguida, entre quarta e quinta-feira, quer ter duas reuniões: com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que será ministro; a segunda reunião será com o deputado André Fufuca, que também será ministro na cota do PP.
Líderes do PP e Republicanos se mobilizaram nos últimos dias para que o marco fiscal fosse votado essa semana, num gesto para o presidente Lula, em meio às conversas da reforma ministerial.
Fonte G1 Brasília