Lula não citou a divergência entre Venezuela e Guiana ao afirmar, em entrevista à emissora oficial do governo, sobre os planos de viagens para 2024.
“O ano que vem eu tenho duas viagens que eu quero fazer: uma é para uma reunião da União Africana, dos 54 países da África que vai ser em Addis Abeba na Etiópia; e a outra é na Guiana, uma reunião dos países do Caricom (Comunidade do Caribe). Essas eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar para eles sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento”, declarou.
A tensão na fronteira norte do Brasil é um desafio à política externa de Lula, que é aliado do presidente Nicolás Maduro na Venezuela. Lula já declarou que espera que o “bom senso prevaleça” na disputa territorial.
No último domingo (3), o governo Maduro realizou um referendo no qual 95% dos eleitores presentes votaram para que a Venezuela incorpore o território de Essequibo, uma região da Guiana, ne fronteira entre os dois países, que é disputada há mais de 100 anos.
Após o resultado, Maduro disse que seu país busca “construir consensos” e que vai “conseguir recuperar Essequibo”.
No mesmo dia, Bharrat Jagdeo, o vice-presidente da Guiana, afirmou que se prepara para o pior e que o governo está trabalhando com parceiros para reforçar a ?a cooperação de defesa?.
Fonte G1 Brasília