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Lula compara resposta de Israel em Gaza à ação de Hitler contra judeus; Conib diz que fala é ‘distorção perversa da realidade’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “genocídio” e “chacina” a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado.

Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

O petista fez a afirmação após ser questionado sobre a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que dá assistência a refugiados palestinos, a UNRWA.

Nos últimos dias, Israel acusou funcionários da UNRWA de envolvimento com ações terroristas do Hamas, o que motivou a suspensão de auxílio por parte de governos ocidentais.

Lula disse que, se houve um “erro” na UNRWA, que os responsáveis sejam investigados, mas afirmou que a ajuda humanitária não pode ser suspensa. Recentemente, o governo brasileiro anunciou que vai prestar auxílio à agência.

“Eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente. E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que, na Faixa de Gaza, não tá acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula.

O petista voltou a defender a criação de um Estado da Palestina “pleno e soberano”. E a reforma do Conselho de Segurança da ONU, com o fim do poder de veto de países com assento permanente. Para Lula, o colegiado não tem conseguido mediar conflitos e promover a paz entre países em guerra.

Na entrevista, Lula reiterou que o Brasil condena o grupo terrorista Hamas, mas é “solidário” ao povo palestino. “O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, concluiu.

Viagem à África

O conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel, que já deixou milhares de civis mortos, foi um dos principais temas abordados por Lula nas reuniões de que participou durante a viagem ao Egito e à Etiópia, a segunda visita do petista ao continente africano neste terceiro mandato.

No Egito, ao lado do presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, Lula pediu paz no Oriente Médio e afirmou que Israel parece ter a “primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”.

Já na Etiópia, no sábado (17), Lula se encontrou com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

Segundo o Palácio do Planalto, na reunião com o palestino, o petista condenou ataques do Hamas e reiterou a necessidade de paz no Oriente Médio, com a criação de um Estado Palestino. Conforme o governo brasileiro, Shtayyeh agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino.

Em discurso na 37ª Cúpula da União Africana, Lula tocou novamente no assunto. Ele voltou a condenar ataques do grupo terrorista Hamas a Israel, mas classificou como “desproporcional” a resposta israelense aos ataques, com a morte de milhares de civis.

Para Lula, a crise no Oriente Médio só será resolvida com a criação de um estado Palestino “soberano” e “membro pleno” da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Opositor de Putin

Na coletiva de imprensa, Lula também foi questionado sobre a morte de Alexei Navalny, principal opositor do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Navalny morreu na última sexta-feira (16) em uma prisão no Ártico, aos 47 anos. Ele teria passado mal após uma caminhada. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e a União Europeia afirmam que o governo Putin é responsável pela morte.

Perguntado sobre o falecimento e as suspeitas em torno da morte de Navalny, Lula evitou fazer comentários, disse que é preciso aguardar uma investigação sobre o caso.

“Vamos acreditar que os médicos legistas vão dizer: ‘O cara morreu disso ou daquilo’. Para você fazer o julgamento. Porque, senão, você julga agora que foi não sei quem que mandou matar, e não foi. E, depois, você vai pedir desculpas? Para que essa pressa de acusar alguém? Sabe quantos anos eu estou esperando o mandante do crime da Marielle? Seis. E não estou com pressa de dizer quem foi que matou, eu quero achar. Quando achar, vou dizer: ‘Foi fulano de tal’. Não quero especulação”, disse Lula.

Fonte G1 Brasília

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