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Ministra das Mulheres comenta gafes de Lula e condena piadas machistas: ‘Piadinha, nem o presidente’

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A ministra das mulheres, Cida Gonçalves, defendeu nesta sexta-feira (2) que a luta contra o feminicídio no país depende também de uma mudança de comportamento da sociedade brasileira, inclusive, com o combate a falas e ‘piadas’ machistas em público.

A chefe da pasta comentou, durante um café com jornalistas nesta manhã, as gafes cometidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista fez declarações inapropriadas sobre mulheres em discursos públicos recentemente.

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Cida Gonçalves afirmou que pretende conversar com o presidente, assim que encontrá-lo, para lembrar que “piadinha, nem o presidente da República”, declarou.

“Não dá pra aceitar piadinha de nada nem de ninguém. Então, assim, eu vou falar para ele, quando eu encontrar com ele ? acho que a [primeira-dama] Janja já falou, e muitas mulheres também devem ter falado ? mas nós precisamos fazer uma mudança de comportamento e de cultura, das formas com que nós trabalhamos e pensamos”, disse.

De acordo com a ministra, as pessoas devem voltar a “não aceitar brincadeirinha nem de negro, nem de gordo, nem de imigrante, nem de mulher, nem piada homofóbica”.

“A gente precisa começar a ideia de construir uma mobilização pelo feminicídio zero, tem que começar inclusive aí, a prevenção passa por aí. Não faça piada com aquilo. Eu acho que é um processo que a gente vai ter que reconstruir no nosso país, vai ter que reconstruir com nossos homens e com as nossas lideranças”, frisou.

Feminicídio zero

Durante a conversa com jornalistas, a ministra também afirmou que a pasta busca estabelecer um diálogo com mulheres evangélicas para uma mobilização nacional que busca zerar o feminicídio no país.

Segundo a ministra, o diálogo com mulheres evangélicas já foi iniciado, mas as diretrizes serão traçadas em setembro.

?As pastoras evangélicas foi nosso primeiro contato, na verdade, a gente está nesse desafio faz tempo. Elas vão entrar […] Vão levar para dentro das igrejas. […] O que nós tiramos é que em setembro, possivelmente, a gente vai fazer um encontro ou virtual ou presencial com mais tempo para definir de fato quais são as ações, como é que pode chegar na base das igrejas nesse debate?, informou a ministra.

Além da busca do apoio do grupo ligado à religião, Cida informou que a pasta também buscou diálogo com times de futebol, empresas e movimentos sociais.

Em relação aos times, a ministra disse que apresentou dados de uma pesquisa feita pelo Fórum de Segurança Pública com o Instituto Avon em 2022 a dirigentes de clubes e a CBF.

De acordo com o estudo, o registro de boletins de ocorrência de ameaça contra mulheres aumenta 23,7% em dias em que um dos times da cidade joga e quando a partida acontece na própria cidade o aumento de registros de lesão corporal sobe 25,9%.

Foi a esse estudo que o presidente Lula estava se referindo, quando fez o comentário inadequado sobre a agressão contra mulheres após jogos de futebol.

Fonte G1 Brasília

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