Uma das grandes esperanças de medalha do Brasil, Alison dos Santos, mais conhecido como Piu, estreia nesta segunda-feira (5) a disputa dos 400 metros com barreiras de Paris com um currículo e uma determinação que só aumentam as expectativas dos torcedores.
A milhares de quilômetros dos Jogos Olímpicos, em São Joaquim da Barra (SP), onde nasceu e começou no atletismo, a família do jovem de 24 anos acompanha o atleta certa de que os concorrentes podem esperar um páreo duro.
Irmã de Alison, a promotora de vendas Andrieli Alves dos Santos Cangerana, de 30 anos, conta que, em meio à preparação para a competição, Piu não descuidou da parte física nem mesmo na folga de fim de ano.
Ele viajou da Flórida, nos EUA, onde vive desde 2023, para passar o Natal com a família no interior de São Paulo, com um lema muito bem definido.
“Muito treino e nada de descanso, era o que ele falava”, afirma a irmã.
O objetivo era se desligar um pouco do compromisso que teria adiante, mas as rotinas de exercícios em casa e na academia não foram interrompidas. “Como ele estava de férias, era para relaxar mesmo, ele se desliga mesmo do atletismo e tudo mais, mas os treinos ele não deixa de fazer, mesmo que seja em casa, porque não pode parar.”
Desde então, segundo ela, Piu tem demonstrado otimismo sem perder o foco e a maturidade observadas desde quando saiu da casa da família, aos 17 anos, para ir atrás de seus sonhos.
“Meu irmão é muito pé no chão, ele fala que tem chance de ganhar, mas é uma coisa que vai acontecer na hora, mas a gente está confiante”, diz.
Quatro anos depois do bronze em Tóquio, o atleta vem acumulando conquistas importantes como o mundial e a Diamond League em 2022. “Confiante ele está, falou que está saudável, que tem tudo pra dar certo.”
Otimistas também estão os familiares e amigos que estão deixando tudo pronto, convictos de que terão para quem torcer nas finais, marcadas para 9 de agosto. Um telão será instalado no Instituto “Vencendo Barreiras com Alison Santos”, mantido por Piu na cidade paulista e que ajuda jovens a seguir no esporte.
Com medalha ou não após Paris, a saudade é grande, e o prêmio maior após tanta superação será o abraço da família. “Ele vai vir no final de setembro, começo de outubro. (…) Ele fala que sente falta da gente, da mãe.”
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Fonte G1 Brasília