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Ao lado de Xi, Lula cita guerras e diz que China e Brasil colocam ‘paz e diálogo’ em primeiro lugar

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou nesta quarta-feira (20) conflitos, como a guerra na Ucrânia, e afirmou que Brasil e China colocam a “paz e o diálogo” em primeiro lugar nas suas relações internacionais.

O petista deu as declarações ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, com quem Lula se reuniu no Palácio da Alvorada nesta quarta. Lula voltou a defender uma reforma de organismos internacionais, com maior participação de países em desenvolvimento.

“Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar”, afirmou Lula em declaração à imprensa.

Presidente do país que é o maior parceiro comercial do Brasil, Xi Jinping realiza uma visita de Estado em Brasília, depois de participar de reuniões do G20 no Rio de Janeiro.

Segundo o governo brasileiro, durante a reunião na residência oficial, os presidentes trataram de assuntos relacionados a políticas e programas de investimento e desenvolvimento dos dois países; relações bilaterais e coordenação sobre tópicos regionais e multilaterais.

Nesta quarta, Brasil e China assinaram 37 atos de cooperação internacional sobre abertura de mercado para produtos agrícolas, intercâmbio educacional, colaboração em várias áreas, como indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.

Mundo está ‘longe de ser tranquilo’, diz Xi Jinping

Depois da fala de Lula, o presidente chinês também fez uma breve fala. Segundo a tradução realizada pelo governo brasileiro, Xi disse que o “mundo está longe de ser tranquilo”, com guerras e conflitos.

Ele afirmou que o Brasil e a Chinas vão trilhar um “caminho de segurança e universal” e lembrou que os dois países integram um grupo para a paz na Ucrânia.

Na avaliação do chinês, a situação na Faixa de Gaza está se “deteriorando” e é necessária uma saída para a questão do Estado Palestino.

“Estamos preocupados e a comunidade internacional tem que fazer alguma coisa para resolver a crise atual. Temos que focar na Palestina, para termos um efeito imediato”, disse o chinês, segundo a tradução contratada pelo Palácio do Planalto.

“A implementação da solução de dois Estados é justa para resolver a questão da Palestina. A China está disposta a trabalhar com o Brasil para susbstanciar o multilateralismo”, completou.

Fonte G1 Brasília

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