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Reforma tributária: Câmara rejeita parte das mudanças aprovadas no Senado; veja o que foi retirado do projeto

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A Câmara dos Deputados concluiu, nesta terça-feira (17), a votação do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária. A maioria dos deputados decidiu rejeitar parte das mudanças propostas no Senado, na última semana.

Com isso, por exemplo, as bebidas açucaradas ? como refrigerantes, refrescos e chás prontos ?, estarão na lista do imposto seletivo. Também foi descartado o desconto para serviços de saneamento (entenda mais abaixo).

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?A regulamentação já havia passado pela Câmara, mas os senadores fizeram alterações. Essas mudanças voltaram para que os deputados dessem a palavra final, porque a Câmara iniciou as discussões.

O texto será enviado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja abaixo o que foi retirado do projeto:

  • Mudanças no imposto do ‘pecado’

A proposta define uma lista de produtos e serviços que serão sobretaxados pelo Imposto Seletivo (IS). Os parlamentares retomaram a inclusão de bebidas açucaradas desse rol, que havia sido retirada no Senado.

Apelidado de “imposto do pecado”, o IS será uma sobretaxa sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Na prática, os itens desta categoria terão uma tributação maior do que a alíquota-comum ? estimada pela Fazenda em 27,97%.

  • Saneamento básico

Outro trecho excluído foi o desconto de 60% nas alíquotas para serviços de saneamento básico.

  • Veterinários e planos PET

A Câmara também retirou desconto de 60% na alíquota incidente sobre serviços veterinários e retomaram a alíquota de 30%. O plano de saúde para animais também terá redução de 30%.

  • Água e bolacha

Ficou de fora ainda o desconto de 60% na água mineral e nas bolachas, promovido pelo Senado.

?Estamos tirando da alíquota reduzida a água mineral e as bolachas. Estes dois itens representam 0,51% de alíquota padrão, para toda a sociedade?, justificou o relator na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).

  • Times de futebol

Os deputados também rejeitaram as mudanças dos senadores nos dispositivos que tratam sobre as Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com isso, o relatório retoma a tributação de 8,5% para essa categoria.

  • Menos impostos em remédios

Medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e produzidos por farmácias de manipulação terão tributação reduzida.

Segundo o texto, os produtos pagarão somente 40% da alíquota-geral da CBS e do IBS.

Este mesmo percentual também vai valer para itens de higiene pessoal e limpeza, como papel higiênico; escova de dentes; e fraldas.

?? medicamentos isentos

A proposta aprovada cria uma categoria de medicamentos que poderá ter alíquota zero. Serão remédios destinados a serviços públicos de saúde e outros 383 medicamentos, listados no projeto.

O Senado tentou retirar a pré-definição do catálogo de remédios isentos e estabelecer que isso deveria ser tratado em uma nova lei. A Câmara rejeitou a mudança e reestabeleceu o texto com a lista previamente definida.

Regulação da tributária

O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023.

  • Depois de um período de transição entre 2026 e 2033, cinco tributos ? ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins ? serão unificados.
  • A cobrança será dividida em dois níveis: federal (com a Contribuição sobre Bens e Serviços, ou CBS); e estadual/municipal (com o Imposto sobre Bens e Serviços, ou IBS).
  • Haverá também o Imposto Seletivo (IS) ? uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Fonte G1 Brasília

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