Ministro-chefe da secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha afirmou que tanto o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), têm credenciais para assumir novas funções políticas após deixarem o comando do Congresso. Ambos são cotados para a reforma ministerial a ser feita pelo presidente Lula.
“Eu acho que tanto o presidente Artur Lira quanto o presidente [Rodrigo] Pacheco têm todas as credenciais políticas para assumir novas missões depois de terem saído da presidência, inclusive podem, têm credenciais políticas para assumir outros papeis na República”, disse Padilha.
Neste sábado (1º) terminam os mandatos de Lira e Pacheco à frente de Câmara e Senado, com eleições para o comando das duas Casas. De acordo com o ministro o presidente Lula já pediu para se reúna com presidentes dos partidos para debater os próximos passos do governo após estas escolhas.
Ao ser questionado sobre o fato de alguns partidos que têm ministros darem poucos votos para o governo Lula no Congresso, Padilha afirmou que todos os ministros de PSD, PP e demais siglas têm demonstrado competência em seu trabalho e conseguido “votos decisivos” para aprovar pautas favoráveis ao Lula 3.
“Precisamos avaliar a participação desses partidos a partir de uma forma qualitativa do papel que eles exercem. Então, eu só tenho a agradecer a esses ministros de partidos eu, inclusive, não apoiaram o presidente Lula [em 2022] e que, ao entrarem ao governo, ajudaram a garantir votos muito importantes de suas bancadas”
Críticas de Gilberto Kassab
Padilha também minimizou as críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao governo Lula (PT) e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na quarta-feira (29), Kassab chamou Haddad de ministro “fraco” e disse que Lula não venceria uma eventual reeleição caso a eleição presidencial ocorresse agora.
Segundo Padilha declarou em entrevista ao Estúdio I, da Globo News, os três ministros que o PSD tem no governo atuam em defesa de Lula e sua gestão.
“São ministros que defendem e atacam em favor do presidente Lula. Tanto o ministro Alexandre Silveira, quanto o Carlos Fávaro, quanto o André de Paula”, disse o petista.
Para ele, os ministros contribuíram para votações favoráveis ao governo e disse que Lula e seus aliados “têm experiência” e “não se abalam” com comentários. “A gente tem rumo certo para cumprir esse segundo tempo do mandato”.
Popularidade de Lula
Padilha falou sobre a queda de popularidade de Lula, em que é a primeira vez que a desaprovação é maior do que a aprovação, e chamou o atual momento de “oscilação”.
“Temos experiência de saber que pesquisa, às vezes, é uma fotografia do momento, mas ela não atrapalha o filme. Em um filme você tem momentos de maior tensão, menor tensão. Estamos muito atentos”.
Governo x mercado
Sobre a crise entre governo e mercado no final de 2024, o ministro chamou a reação do mercado como “crise de pânico” e comparou a situação à de um paciente que tem problemas de saúde, como crise hipertensiva, mas mantém o coração intacto.
“Aconteceu isso no final do ano, uma certa crise de ansiedade, quase uma crise de pânico, onde teve de fato por parte dos agentes de mercado sinais, sintomas, mas o coração da economia está intacto, está absolutamente preservado e acho que pronto para retomar a serenidade e ambiente de confiança”, afirmou.
Fonte G1 Brasília