O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem que prevê punições, incluindo demissão, para de servidores federais que não forem fiéis à agenda de política externa estabelecida por ele. O decreto foi assinado nesta quarta-feira (12).
O texto, intitulado “Uma Única Voz para as Relações Exteriores dos Estados Unidos”, estabelece que o Departamento de Estado promova uma reforma no Serviço Diplomático americano “para garantir uma força de trabalho comprometida com a implementação fiel da política externa do Presidente”.
De acordo com a ordem, funcionários que falharem na aplicação das diretrizes impostas por Trump serão investigados por descumprimento da disciplina profissional e poderão, inclusive, ser demitidos.
O decreto determina ainda que todas as agências relacionadas à política externa criem mecanismos para garantir que os servidores implementem “fielmente” as ordens de Trump.
Pela ordem, caberá ao secretário de Estado, Marco Rubio, desenvolver novos critérios de recrutamento, avaliações de desempenho e padrões que assegurem o cumprimento das políticas presidenciais.
Antes da assinatura da ordem executiva, a emissora americana ABC News reportou que embaixadas dos Estados Unidos ao redor do mundo foram instruídas a se prepararem para cortes de servidores.
O governo também exigiu que os diplomatas entreguem listas com os nomes de todos os funcionários que trabalham nas missões dos EUA em outros países, segundo a reportagem.
Nas últimas semanas, ordens de Trump para a redução de funcionários em agências federais foram alvo de ações na Justiça. No dia 6 de fevereiro, uma decisão judicial bloqueou um “ultimato” do governo para que servidores se demitissem voluntariamente.
Desde o primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Trump afirma que suas políticas são prejudicadas pelo chamado “deep state” ? uma suposta rede de burocratas que permaneceriam no governo para minar sua agenda.
Durante a campanha presidencial de 2024, ele prometeu reformular profundamente o funcionalismo público, removendo servidores que considera desleais. O decreto assinado nesta quarta-feira se alinha a essa promessa.
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Fonte G1 Brasília