O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou a troca de nome de um navio da Marinha que homenageia Harvey Milk, político assassinado em 1978 e um dos primeiros homossexuais assumidos eleitos no país. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo site especializado Military.com e confirmada pela agência Reuters.
Segundo o site, a decisão está em um memorando assinado pelo secretário interino da Marinha, John Phelan. O texto afirma que a mudança segue o objetivo de Hegseth de “restabelecer uma cultura guerreira” nas Forças Armadas.
Um funcionário da Defesa, citado sob anonimato, disse ao Military.com que o secretário mandou Phelan trocar o nome do USNS Harvey Milk e que o anúncio deveria ser feito propositalmente durante o mês do Orgulho LGBTQIA+, em junho.
De acordo com a CBS News, a Marinha também avalia renomear outros navios. Em um comunicado, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse que Hegseth está comprometido em garantir que os nomes de instalações e equipamentos militares “reflitam as prioridades” da história do país.
“Quaisquer possíveis mudanças de nome serão anunciadas após a conclusão das revisões internas”, disse Parnell.
Harvey Milk serviu como mergulhador na Marinha na década de 1950, durante a Guerra da Coreia, em uma época em que homossexuais eram proibidos nas Forças Armadas.
Anos depois, ele foi eleito membro do Conselho de Supervisores da cidade de San Francisco, onde atuou na aprovação de leis contra a discriminação por orientação sexual.
Em 1978, ele foi assassinado junto com o então prefeito da cidade, George Moscone, por um ex-supervisor.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou medidas para barrar pessoas transgênero nas Forças Armadas e desmontar programas de diversidade. Ele afirma que essas iniciativas prejudicam a liderança, o mérito e a coesão das tropas.
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Fonte G1 Brasília