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75% das trabalhadoras domésticas não têm carteira assinada; 36% contribuem para a Previdência, diz governo

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Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que 75% das trabalhadoras domésticas no Brasil atuam sem carteira assinada. Apenas 36% contribuem para a Previdência Social.

A contribuição previdenciária garante acesso a benefícios como aposentadoria, salário-maternidade, auxílio-doença e pensão por morte.

O levantamento foi feito em abril de 2025 com base em questionário respondido por 665 trabalhadoras domésticas de diferentes regiões do país. Os dados vão subsidiar a elaboração da Política e do Plano Nacional de Cuidados.

Quem são as trabalhadoras domésticas

A pesquisa traça o perfil das trabalhadoras: são, em sua maioria, mulheres, negras, de baixa renda e responsáveis pela renda familiar. Veja os destaques:

  • 75% não têm carteira assinada
  • 57,1% são chefes de família
  • 34% são mães solo
  • 70% relatam sofrer com cansaço crônico

Atualmente, o Brasil tem mais de 6 milhões de empregados domésticos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de dezembro de 2023. As trabalhadoras domésticas são a principal categoria da força de trabalho remunerada de cuidados no país, representando 25% desse total, segundo o Ministério do Trabalho.

Baixa remuneração é realidade na maioria das regiões

Segundo a pesquisa, 64,5% das trabalhadoras domésticas não recebem um salário mínimo. O dado é baseado na Pnad de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.073,62.

Os menores rendimentos foram registrados nas regiões Nordeste e Norte:

  • Nordeste: 88,3% ganham menos de um salário mínimo
  • Norte: 83,1%
  • Centro-Oeste: 54,6%
  • Sudeste: 55,5%
  • Sul: 51,8%

Segundo o levantamento, os rendimentos médios mensais variam entre R$ 709,40 e R$ 849,51, mesmo em estados com alta população.

Ministério quer ampliar políticas

A secretária nacional da Política de Cuidados e Família do MDS, Laís Abramo, afirma que a pesquisa busca mapear as demandas de cuidado das trabalhadoras e suas dificuldades.

?Apesar do papel fundamental que elas desempenham nos cuidados das pessoas e das famílias, seus baixos salários, altas taxas de informalidade e longas jornadas de trabalho dificultam muito suas possibilidades de atender às próprias necessidades e às de suas famílias?, afirmou.

Fonte G1 Brasília

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