Os japoneses começaram a votar na manhã deste domingo (noite de sábado, 9, no Brasil) nas eleições para a Câmara Alta do Parlamento, que ocorre apenas dois dias após o assassinato de Shinzo Abe. O ex-primeiro-ministro foi morto durante um comício de campanha. A votação deve ampliar a maioria legislativa do governista Partido Liberal Democrático, ao qual pertencia Abe.
As eleições são realizadas à sombra do assassinato, mas o primeiro-ministro, Fumio Kishida, e outros políticos insistiram que o acontecimento não poderia interromper o processo eleitoral. “Nunca devemos permitir que a violência suprima a expressão durante as eleições, que são a base da democracia”, disse Kishida.
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Além disso, o primeiro-ministro tirou tempo para oferecer condolências à família de Abe em Tóquio, onde o corpo chegou na tarde de sábado, após sair de um hospital na região Oeste do Japão.
O assassinato, que ocorreu na sexta-feira (8), chocou tanto o país quanto a comunidade internacional, gerando uma onda de condenações até mesmo de nações com as quais o belicoso Abe tinha relações às vezes difíceis, como China e Coreia do Sul.
O homem apontado como autor do crime, Tetsuya Yamagami, de 41 anos, está sob custódia e disse aos investigadores que atacou Abe porque acreditava que o político estava ligado a uma organização não identificada. A imprensa local descreveu a organização como religiosa e afirmou que a família de Yamagami sofria com problemas financeiros como resultado das doações de sua mãe ao grupo.
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Fonte G1 Brasília