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Netanyahu diz ter recomendado Trump para receber Prêmio Nobel da Paz

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste segunda-feira (7) ter indicado o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para receber o Prêmio Nobel da Paz.

Netanyahu fez o anúncio durante encontro nesta segunda que teve com Trump na Casa Branca. Na ocasião, o líder israelense entregou ao presidente dos EUA uma carta com a indicação que ele disse ter enviado também à organização do Prêmio Nobel, sediado na Noruega.

As nomeações para o Nobel da Paz funcionam a partir de indicações, que podem ser feitas por membros de governos, Parlamentos ou reitores universitários de todo o mundo, além de integrantes de tribunais internacionais, junto de uma justificativa.

Netanyahu afirmou ter indicado Trump por conta dos “esforços” do presidente dos EUA em garantir a paz no Oriente Médio.

A organização do Nobel ainda não havia informado se recebeu a carta de Netanyahu até a última atualização desta reportagem.

Na visita, o premiê israelense também anunciou que seu governo e de Donald Trump, dos EUA, estão buscando países que concordem em receber palestinos que vivem atualmente na Faixa de Gaza e seriam deslocados.

Esta foi a terceira visita de Netanyahu a Washington desde que Trump voltou à presidência, em janeiro.

O principal tema do encontro, que ainda ocorria até a última atualização desta reportagem, é um possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, com a libertação de reféns. Mas o programa nuclear do Irã também deve estar na pauta, e Trump pode ser questionado ainda sobre a publicação que fez mais cedo em defesa do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (leia mais abaixo).

Veja, abaixo, o que mais esperar do encontro:

Gaza

O encontro entre Trump e Netanyahu ocorre em um momento de suposto avanço para um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Na semana passada, o presidente norte-americano disse que o governo israelense havia concordo com um cessar-fogo nos termos propostos pelos EUA, um dos mediadores das negociações que os dois lados travam.

Dias depois, o Hamas afirmou ter aceitado o mesmo acordo, que, entre outros pontos, propõe a trégua nos ataques israelenses e a troca de prisioneiros palestinos pelos reféns ainda sob poder do grupo terrorista. O texto também prevê a retirada parcial de tropas israelenses de Gaza e discussões sobre o fim definitivo da guerra.

Nenhum avanço foi feito desde então, mas uma fonte de governo israelense disse à agência Reuters que o clima nas negociações que representantes dos dois lados travam em Doha, no Catar, é postivo. Trump também disse que há boas chances de um acordo ser fechado nesta semana.

Irã

Antes de viajar a Washington, Netanyahu afirmou que também vai aproveitar o encontro para agradecer a Trump pelos ataques dos EUA contra instalações nucleares no Irã, realizados no mês passado. Os bombardeios resultaram em um cessar-fogo entre Israel e Irã, após 12 dias de guerra.

Trump disse que irá discutir com Netanyahu questões ligadas ao programa nuclear do Irã. Na sexta-feira (4), ele afirmou acreditar que os bombardeios dos EUA e de Israel danificaram as instalações iranianas de enriquecimento de urânio, mas admitiu que Teerã pode tentar retomar o programa.

Além disso, o presidente americano quer que o governo iraniano volte a negociar com os EUA um acordo para impedir o desenvolvimento de uma bomba atômica.

‘Lobby’ político para Netanyahu

Avi Dichter, ministro israelense e integrante do gabinete de segurança de Netanyahu, disse esperar que o encontro com Trump também aborde a possibilidade de normalizar relações com Líbano, Síria e Arábia Saudita.

“Acho que vai se concentrar, antes de mais nada, em um termo que usamos muito, mas que agora tem significado real: um novo Oriente Médio”, disse ele à emissora pública israelense Kan nesta segunda-feira.

Para Trump, manter Netanyahu fortalecido em Israel essencial para avançar nessas negociações regionais e manter a influência dos EUA no Oriente Médio. Ele tem demonstrado forte apoio ao premiê israelense, a ponto de se envolver na política interna de Israel.

No fim de junho, Trump usou as redes sociais para criticar os promotores responsáveis pelo julgamento de corrupção contra Netanyahu, que é acusado suborno, fraude e abuso de confiança. O premiê nega as denúncias.

Trump argumentou na semana passada que o processo contra Netanyahu poderia atrapalhar a capacidade do aliado de negociar com o Hamas e o Irã.

Bolsonaro

O encontro de Trump com Netanyahu ? no qual os dois falarão à imprensa antes e depois de uma reunião a portas fechadas ? também será a primeira vez em que o presidente norte-americano falará após publicar uma postagem em defesa do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro.

Há expectativa de que repórterese questionem o republicano sobre a fala, em que ele afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição e pedem para que o deixem em paz.

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Fonte G1 Brasília

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