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Trama golpista: defesa de Mário Fernandes diz que general não confessou plano para matar Lula e pede revogação da prisão

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A defesa do general Mário Fernandes afirmou neste domingo (27), em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o militar não confessou ter elaborado um plano para matar o presidente Lula e pediu a revogação da sua prisão preventiva.

O plano, chamado de ?Punhal Verde e Amarelo?, mirava também outras autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Durante interrogatório na última quinta-feira (24), o general confirmou ter elaborado o arquivo. Ele disse que o conteúdo não passava de um ?pensamento digitalizado? e que se tratava apenas de uma análise pessoal sobre o cenário pós-eleições.

Segundo ele, o texto foi impresso no Palácio do Planalto, onde ele trabalhava, mas foi destruído em seguida.

Apesar da declaração, a defesa do general sustentou que ?ele não confessou plano de matar ninguém?. Os advogados de Fernandes argumentaram que ele não compartilhou o arquivo e pediram a revogação da sua prisão preventiva.

?Em outras palavras, tudo que a denúncia aponta contra o requerente já era de conhecimento da acusação, excetuando-se um arquivo eletrônico que não foi apresentado ou discutido com quaisquer dos acusados, demonstrando a inidoneidade do argumento da manutenção da prisão pela suposta gravidade em concreto dos delitos?.

PGR defende prisão

A Procuradoria Geral da República (PGR) citou a fala de Fernandes durante o interrogatório para defender a manutenção da sua prisão. Segundo os procuradores, ele admitiu ter idealizado o documento.

?As afirmações confirmam a hipótese acusatória e, se interpretadas à luz de todo o contexto probatório, tornam inverossímil presumir que o requerente, após confeccionar o material, não o divulgou a seus pares, denunciados por delitos da mesma natureza.?

Já a defesa de Fernandes disse que a PGR não apresentou ?argumentos idôneos? para se posicionar a favor da prisão e ?covardemente destacou um arquivo eletrônico vazio?.

?A revogação da prisão preventiva se impõe com maior vigor após a manifestação da Procuradoria, desconexa com a realidade?.

?Garantia da ordem pública?

Em outra manifestação, a procuradoria defendeu também a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro.

Câmara também é reu no inquérito do golpe e voltou a ser preso após suspeita de manter contato com Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, para obter informações da delação premiada. Marcelo Câmara tinha estava em liberdade provisória desde 2024 e estava proibído de usar redes sociais.

Na manifestação, o procurador-geral da República Paulo Gonet argumentou que “medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal”.

No documento, Gonet também defende que “as tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da prisão em vigor”.

Na semana passada, Marcelo Câmara foi interrogado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que foi o tenente-coronel Mauro Cid quem começou a se referir ao ministro Alexandre de Moraes pelo apelido de “professora”.

Segundo Câmara, a expressão “professora” era usada em tom de brincadeira para se referir a Moraes. A decisão final sobre a manuteção da prisão será de Alexandre de Moraes, ministro relator do caso.

O advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Câmara, disse em nota que “fica preocupada com a atuação do fiscal da Lei ter um posicionamento tão desconexo com a prova dos autos”.

Fonte G1 Brasília

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