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Medidas de enfrentamento ao tarifaço serão encaminhadas ao Planalto ainda nesta quarta, diz Haddad

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6) que a pasta deve encaminhar para aprovação do Planalto, nas próximas horas, as medidas de proteção a setores afetados pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O dia do anúncio, entretanto, caberá ao Palácio do Planalto definir, acrescentou Haddad. Segundo ele, serão definidas ações para cada empresa.

“[As medidas de proteção do setores] Saem hoje aqui da Fazenda. Ontem, tivemos uma reunião com o presidente para detalhar o plano. Tem um relatório que vai chegar do MDIC nos relatando empresa por empresa, o presidente pediu, mas o ato em si não depende desse documento porque é um ato mais genérico. Só na regulamentação e aplicação da lei que vamos ter que fazer uma análise mais setorial, CNPJ a CNPJ”, afirmou Haddad.

Ele antecipou que as ações do governo visam proteger, principalmente, as pequenas empresas e que, entre elas, haverá linhas de crédito com juros subsidiados (menores).

“Vamos ter o plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA, que é a preocupação maior do presidente: o pequeno produtor”, disse o ministro da Fazenda.

Ele não confirmou novas ações, mas Haddad já havia informado recentemente que um plano de proteção ao emprego, nos moldes do que aconteceu na pandemia da Covid-19, pode estar na mesa.

As propostas da Fazenda precisam ser ratificadas pelo governo federal antes de entrarem em vigor. Segundo Haddad, a previsão é que elas sejam implementadas por meio de uma Medida Provisória (MP).

O objetivo, segundo o ministro, é reabrir as negociações e “normalizar” as relações diplomáticas entre os dois países.

Tarifaço em vigor

Entram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de importação de 50% impostas pelo governo norte-americano sobre o Brasil. Com isso, parte dos produtos brasileiros vai pagar a mais alta taxa do mundo para entrar nos EUA.

?A medida, no entanto, prevê uma longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.

Alguns deles conseguem redirecionar a produção para outros países, ou mesmo para o mercado interno, mas isso demanda tempo e, até mesmo, redução nos preços cobrados em alguns casos.

Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma ?ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA?.

O anúncio oficializou o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que ?prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos?, além de afetar a política externa e a economia do país.

Fonte G1 Brasília

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