O secretário-chefe da Casa Civil, Fabinho Garcia, conhecido nos bastidores como um subalterno fiel do governador Mauro Mendes e sócio em alguns negócios do filho do chefe do Executivo, resolveu mais uma vez colocar sua cabeça de dois neurônios para funcionar — sendo que muitas vezes eles dormem, o que limita ainda mais sua visão da realidade. Em entrevista, Fabinho afirmou que Mauro Mendes seria o melhor governador da história de Mato Grosso, um exagero que chega a ser um desrespeito a nomes como Dante de Oliveira, Blairo Maggi e Júlio Campos, que marcaram época antes mesmo da reeleição ser instituída.
Fabinho, que recentemente parece ter se submetido a implantes capilares e harmonização facial, parece não ter conseguido harmonizar o cérebro com a inteligência. O que se vê hoje é um rosto amargo, tenso e preocupado, distante daquele Fabinho sorridente de outrora. A bajulação em excesso revela mais um gesto de servidão política do que uma análise realista da história de Mato Grosso, ignorando que os três ex-governadores citados foram, sem dúvida, os mais populares e realizadores de suas eras.
Com o fim do mandato de Mauro Mendes se aproximando, a postura de Garcia soa como desespero. Sua fisionomia carregada transmite a impressão de quem sabe que uma bomba política pode estar prestes a explodir contra a atual gestão — e que talvez a pressão já esteja insuportável nos corredores do Paiaguás.