Entre as irregularidades apontadas em denúncia assinada pelo vereador Jefferson Siqueira e outros parlamentares, está o caso da adjunta da Atenção Básica, Catarina. O veículo oficial que ela utiliza não possui adesivação obrigatória, como determina a legislação, e estaria sendo usado em deslocamentos pessoais, sem qualquer sistema de rastreamento. Situação semelhante, segundo o documento, se repete com outros coordenadores e secretários adjuntos, tanto da Atenção Primária quanto da Atenção Secundária.
O alvo da denúncia é o servidor Luanderson Jorge de Arruda, esposo de Catarina, atual adjunta da Atenção Básica da SMS. Apesar de ter ficado apenas no cadastro reserva no processo seletivo para Agente Comunitário de Saúde (ACS), ele foi convocado sem necessidade — já que a região do Pedregal estaria com excesso de ACS —, está em estágio probatório e tem o salário 100% custeado pela União. No entanto, segundo o vereador e demais denunciantes, Luanderson não exerce a função de ACS, atuando na prática como motorista particular de luxo da própria esposa.
A denúncia já foi protocolada no Ministério Público Federal (MPF) e encaminhada também à Polícia Federal, uma vez que envolve recursos federais. O salário dos ACS é bancado integralmente pelo Governo Federal, que repassa o dinheiro exclusivamente para a função comunitária. Por isso, os denunciantes sustentam que há indícios claros de nepotismo, desvio de função e uso indevido de bem público, que podem resultar em responsabilização da gestão municipal por improbidade administrativa e desvio de finalidade.