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Onde Bolsonaro pode ficar preso? Conheça os possíveis cenários e relembre prisão de outros ex-presidentes

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Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não será preso imediatamente e ainda não há um prazo exato para isso ocorrer.

A prisão para cumprimento de pena só ocorrerá com o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais como recorrer. A definição do local de prisão ocorre quando ela for executada (entenda mais abaixo)

Papuda

Fato é que Bolsonaro foi condenado nesta quinta-feira (11) a cumprir inicialmente regime fechado, já que a pena é superior a 8 anos. Na decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ficou previsto que desses 27 anos e 3 meses:

  • 24 anos e 9 meses são de reclusão (ou seja, pena para crimes que preveem regime fechado)
  • 2 anos e 6 meses são de detenção (pena para crimes de regime semiaberto ou aberto).

E, segundo o Código Penal, em caso de penas em regime fechado, a execução deve ocorrer em estabelecimento de segurança máxima ou média.

Diante disso, uma das hipóteses é que Bolsonaro seja encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda, na região de São Sebastião, no Distrito Federal, um presídio de segurança máxima.

Superintendência

Outra possibilidade, como informou o blog da Andréia Sadi, é que Bolsonaro vá para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

A PF, inclusive, já preparou uma sala especial improvisada, que funcionaria como uma cela, com cama, cadeira e banheiro privativo para o ex-presidente Bolsonaro.

Segundo o Código Penal, pessoas em determinadas funções públicas devem ser recolhidas a prisão especial antes da condenação definitiva. Contudo, não há uma definição clara sobre isso com relação a ex-presidentes.

Quartel

Há ainda a possibilidade de Bolsonaro ser preso em um quartel do Exército, por ser militar de carreira. Mas interlocutores avaliam ser remota essa possibilidade. Bolsonaro é capitão da reserva.

De acordo com o Estatuto dos Militares, militares da ativa ou da reserva como generais ou capitães, têm direito a cumprir pena em quartéis ou unidades militares, desde que comandadas por oficiais de posto igual ou superior.

Esse direito só é perdido se houver cassação da patente, o que exige processo no Superior Tribunal Militar (STM) ? o que ainda será comunicado ao STM pelo STF.

Prisão domiciliar

De toda forma, após a análise de todos os recursos, a defesa de Bolsonaro deve pedir que ele permaneça em prisão domiciliar, usando a idade do ex-presidente como um dos argumentos.

Ele está proibido de sair de casa, além de estar sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e por policiais dentro de seu condomínio.

A decisão sobre a prisão domiciliar ocorreu no âmbito de uma outra investigação, que apura se o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agiu para interferir na ação penal da tentativa de golpe.

Moraes viu risco de fuga do ex-presidente e, por isso, decretou a prisão.

Por ora, há apenas expectativas sobre o local da prisão após a condenação. Essa decisão geralmente fica a cargo do relator na ação. Nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes.

Relembre a prisão de outros ex-presidentes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Collor de Mello foram presos em diferentes momentos da história do Brasil.

Lula foi preso em abril de 2018, após decisão do então juiz Sérgio Moro. Ele se entregou à Polícia Federal em São Paulo e foi levado à Superintendência da PF em Curitiba.

Lá, ficou em uma sala especial no último andar do prédio, isolado dos demais presos. O espaço foi descrito como uma Sala de Estado Maior, garantindo segurança física e moral, conforme previsto para ex-presidentes.

Ele foi levado à sede da Polícia Federal no Rio, onde passou a noite em cela especial. A prisão foi preventiva, sem prazo definido, e o ex-presidente teve direito a custódia diferenciada por prerrogativa de função.

Fernando Collor foi preso em abril de 2025, no Aeroporto Internacional de Maceió, quando se preparava para embarcar para Brasília. Inicialmente, foi levado à Superintendência da PF em Maceió e, posteriormente, transferido para o Presídio Baldomero Cavalcanti.

Collor ficou em cela individual, em ala especial, distante da carceragem comum. A defesa alegou comorbidades e idade avançada para solicitar prisão domiciliar. Hoje ele cumpre pena em casa.

Fonte G1 Brasília

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