Um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que quase um terço dos brasileiros tem menos de meio salário-mínimo para passar o mês.
Além disso, entre 2019 e 2021, 61 milhões de pessoas enfrentaram dificuldades para se alimentar no Brasil.
Grande parte da população depende do apoio do Estado para sobreviver: em maio deste ano, 13 estados contavam com mais beneficiários do Auxílio Brasil do que trabalhadores com carteira assinada.
Confira a seguir detalhes de cada proposta. A ordem é a mesma em que os candidatos aparecem na última pesquisa de intenção de votos.
Lula (PT)
Criado em 2003 pelo ex-presidente Lula, o Bolsa Família, substituído pelo atual Auxílio Brasil, está presente no plano de governo petista.
Veja os principais pontos:
Ampliação do benefício: Lula fala em renovação e ampliação do Bolsa Família, que atendia 14,8 milhões de brasileiros em outubro de 2021.
A proposta é implementar “[u]m programa que recupere as principais características do projeto que se tornou referência mundial de combate à fome e ao trabalho infantil e que inove ainda mais na ampliação da garantia de cidadania para os mais vulneráveis. Um programa que, orientado por princípios de cobertura crescente, baseados em patamares adequados de renda, viabilizará a transição por etapas, no rumo de um sistema universal e uma renda básica de cidadania.”
O documento diz que essa atualização precisa ser implantada “com urgência para garantir renda compatível com as atuais necessidades da população.”
Jair Bolsonaro (PL)
O plano de governo de Jair Bolsonaro ressalta o Auxílio Brasil como um dos principais trunfos de seu governo.
Veja o principal ponto:
Manutenção de valores: Bolsonaro promete manter o valor do auxílio em R$ 600 a partir de 2023, caso seja reeleito.
“Aquelas famílias em que o responsável familiar for registrado no mercado formal não perderão o direito ao benefício do programa de transferência de renda, além de receberem um bônus de R$ 200”, diz o documento.
Ciro Gomes (PDT)
Ciro Gomes afirma em seu plano de governo que, para financiar políticas públicas, promoverá amplas reformas tributária e fiscal, sendo a taxação de grandes fortunas uma doas principais fontes de receita para financiar programas sociais.
Veja os principais pontos:
Programa de renda mínima: um dos auxílios colocados por Ciro é o programa ‘Eduardo Suplicy’, que engloba os valores do atual Auxílio Brasil, do seguro-desemprego e da aposentadoria.
Gás de cozinha mais barato: o ex-ministro promete gás pela metade do preço para famílias que vivem com até dois salários-mínimos mensais.
Descontos em dívidas: o candidato diz que vai refinanciar dívidas de famílias e empresas por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, e que os descontos poderão chegar a 70%.
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Simone Tebet (MDB)
Simone Tebet também aborda os conceitos de renda mínima e transferência de renda em seu plano de governo. O objetivo é desafiador: “eliminar a pobreza extrema”.
Veja os principais pontos:
Transferência de renda permanente: Tebet diz que vai focar nas famílias que mais precisam e condicionar o recebimento de valores a “frequência na escola, saúde preventiva e vacinação em dia”.
Ela afirma que esse programa terá “foco e apoio maior às famílias mais vulneráveis, promoção das condições de saúde, educação e assistência social dos beneficiários, estímulo ao acesso ao mercado de trabalho e a oportunidades de emprego e renda”.
Renda mínima: a senadora cita um “benefício de renda mínima”, cujo objetivo, segundo ela, será eliminar a pobreza extrema, levando em conta a composição familiar e a insuficiência de renda.
* Com supervisão de Ricardo Gallo
Fonte G1 Brasília