O procurador regional do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Erich Raphael Masson, solicitou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), seja investigado por usar a prefeitura em benefício da campanha política de sua esposa, a primeira-dama e candidata ao governo do Estado, Márcia Pinheiro (PV).
A ação inclui além da investigação de abuso de poder, a suspensão do site da Prefeitura de Cuiabá. O pedido foi formulado pela coligação do governador Mauro Mendes (União) – que busca sua reeleição. O atual chefe do Executivo e Márcia são os nomes competitivos no pleito desse ano.
“Com efeito, as coincidências temporais entre as publicidades institucionais e os atos de campanha coordenados pela pessoa do Prefeito, não podem ser tratados como indiferentes eleitorais, mas devem ser interpretados como verdadeira ação coordenada entre a publicidade institucional e a campanha eleitoral. E é justamente dessa ação coordenada que decorre a ilicitude da conduta, pela pessoalização da publicidade institucional em prol de candidatura”, apontou o procurador.
Diante dos fatos, Erich Masson manifestou-se pela remoção das publicidades institucionais utilizadas por Márcia na propaganda eleitoral.
Prefeito afastado
Na última quinta-feira (15), Emanuel assinou um ofício informando sobre sua saída de férias regulamentares de 30 dias, atendendo o artigo 39 da Lei Orgânica Municipal. O chefe da Alencastro permanecerá de férias até o dia 15 de outubro.
Emanuel já havia anunciado seu afastamento ainda no dia 9 de agosto, ele é responsável por coordenar a campanha da sua esposa, Márcia Pinheiro (PV), na disputa pelo governo de Mato Grosso no pleito desse ano.
De acordo com o emedebista, que aguardava a liberação de suas férias pela Procuradoria Geral do Município (PGM), ele deixa suas atividades na Alencastro para se dedicar à campanha da primeira-dama.
Segundo o gestor, o afastamento da prefeitura ocorre para não utilizarem o fato de ser o atual prefeito, na “viabilização” da possível vitória de Márcia.
Apesar disso, no pedido de investigação instaurado contra Emanuel, o procurador considerou que mesmo tendo se afastado formalmente da prefeitura “ele não o fez sem antes praticar diversos atos que vieram a ser, posteriormente, amplamente utilizados para benefício político da candidata”.
Ao, Márcia explicou que o governador Mauro Mendes atua com agressões para manter uma “cortina de fumaça “ contra os escândalos de sua gestão.
Fonte: Isso É Notícia