Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Braga Netto ainda esperava, a quatro dias da posse de Lula (PT), que o grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continuasse no poder. A informação consta em um documento obtido pelo blog.
Segundo o documento, em 27 de dezembro de 2022, Braga Netto recebeu, por meio de um assessor de Bolsonaro chamado Sérgio Rocha Cordeiro, o currículo de uma mulher.
Cordeiro perguntou a Braga Netto: “Onde eu posso enviar esse currículo de uma amiga aqui em Brasília …”[sic].
O general deixou o cargo ministro da Defesa em março de 2022 para concorrer nas eleições daquele ano como vice de Bolsonaro. Na conversa, respondeu: “Cordeiro, se continuarmos, poderia enviar para a Sec. Geral. Fora isso vai ser foda”.
Segundo os investigadores, Braga Netto se referia a continuar no poder mesmo após a derrota na eleição e a apenas quatro dias da posse de Lula, que já havia sido diplomado.
“Considerando que a chapa presidencial vencedora das eleições de 2022 já tinha sido diplomada e a mensagem foi enviada poucos dias antes da posse do novo Presidente da República, a expressão “se continuarmos” ratifica que os investigados ainda estavam empreendendo esforços para tentar um Golpe de Estado e acreditavam na consumação do ato, impedindo a posse do governo legitimamente eleito”, diz o texto.
Fonte G1 Brasília