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A Bolsonaro, ministros do STF ressaltam Constituição, descartam revanchismo e reforçam combate à fakenews

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Ministros do STF que receberam o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira ressaltaram, diversas vezes, que o STF se guia pela Constituição, não faz política partidária e tampouco pratica qualquer tipo de revanchismo.

A conversa, segundo relato de ministros ouvidos pelo blog, ocorreu em tom informal e institucional, sem nenhum “tipo de animosidade ou conflito”.

Presente ao encontro, a ministra Rosa Weber lembrou a Bolsonaro que, quando ele foi diplomado na presidência da República pelo TSE, ela o presentou com uma Constituição, que ele disse que respeitaria.

No encontro, Bolsonaro reiterou o que repete sempre em seus discursos: que sempre jogou “dentro das quatro linhas” da Constituição.

Os ministros comentaram também o pronunciamento no Palácio da Alvorada do presidente, hoje mais cedo. Eles agradeceram pela fala de Bolsonaro, pois entenderam que ele desautorizou os apoiadores que paralisam rodovias em manifestações antidemocráticas.

Sobre política, ministros falaram sobre a necessidade do ambiente político ser mais civilizado, que entendem existir uma disputa, mas que é preciso que se tenha limites- e não estimular discriminações.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou de uma parte do encontro- mas não estava desde o começo. Na parte em que Guedes esteve presente, foi lembrado das vezes em que o STF havia cooperado, a pedido do Executivo, para garantir no funcionamento de medidas importantes para a sociedade.

Na mesma linha, para ressaltar que o STF não era um partido de oposição- diferentemente do que Bolsonaro fez parecer em diversos momentos de seu governo- ministros elogiaram o combate à fakenews pelo TSE e da necessidade de se aprimorar esse controle na disseminação de conteúdo fraudulento para o futuro. E que ele, Bolsonaro, havia sido beneficiário desse tipo de atuaçãode combate à fakenews como no caso em que o TSE proibiu o PT de associar o caso das meninas venezuelanas à pedofilia.

Sobre futuro, Bolsonaro contou aos ministros que irá trabalhar no PL- partido ao qual é filiado e comandado por Valdemar Costa Neto.

Nas palavras de um ministro, o encontro foi importante pois demonstra um “reconhecimento da institucionalidade” e mais uma chance de o STF deixar claro que a Corte é adepta do Estado de Direito -e nada mais.

Em tom descontraído, Bolsonaro aproveitou o encontro para perguntar se seus indicados ao STF, André Mendonça e Kassio Nunes Marques- a quem chamou, segundo presentes, de “seus meninos”- estavam indo bem no desempenho da Corte. Diante da resposta positiva, houve risos simpáticos dos presentes, segundo relatos obtidos pelo blog.

O encontro se deu quase todo em tom de diálogo pacífico- a única “animosidade” do encontro ficou por conta de uma brincadeira antiga de Bolsonaro com Alexandre de Moraes, citando a rivalidade entre Corinthians (time do ministro) e do Palmeiras (time do presidente).

Fonte G1 Brasília

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