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A rede de emendas: deputados e secretários irrigam associações e institutos opacos com dinheiro público em Mato Grosso

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Na penumbra do que deveria ser a transparência pública, cresce em Mato Grosso um sistema silencioso, porém robusto, de transferência de recursos via emendas parlamentares para associações e para institutos, dentre eles alguns com características e de supostamente serem de fachada ou de escassa notoriedade pública. Deputados estaduais como Diego Guimarães, Beto Dois a Um, Paulo Araújo, Calil Faissal e Eliseu Nascimento formam a linha de frente desse modelo de relação incestuosa com o Executivo estadual, oscilando entre a copa e a cozinha dos projetos políticos do governador Mauro Mendes e do prefeito cuiabano Abílio Brunini.

Mais do que aliados eventuais, esses parlamentares são entusiastas e operadores de um circuito cada vez mais sofisticado de favorecimento institucional. Por meio das secretarias de Cultura, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Educação, lideradas por Allan Kardec, César Miranda, Alan Porto e pelo ex-secretário Jefferson Neves Alencar, criaram-se canais paralelos de financiamento que escorrem para entidades cuja existência beira o anonimato — invisíveis ao povo e, curiosamente, pouco visadas pelos órgãos de controle.

Trata-se de um modelo que combina interesses políticos, recursos públicos e pouca vigilância, no qual quanto maior a torneira aberta pelo governo estadual, menor é a possibilidade de escrutínio sobre os reais beneficiários. O uso sistemático de emendas para sustentar uma rede de entidades “institucionalmente insuspeitas” já configura um ecossistema próprio, que se nutre da fragilidade da fiscalização e do silêncio dos que deveriam zelar pela moralidade administrativa. Em breve, nomes, cifras e vínculos serão apresentados com a contundência que o caso exige.

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