Cuiabá vai ganhar 900 novas unidades do Minha Casa Minha Vida, tudo com recurso do Governo Federal e zero centavo de contrapartida da prefeitura. Quem confirmou isso? Nada menos que o próprio ministro das Cidades, Jader Filho, ao lado do deputado federal Emanuelzinho, que, sem papas na língua, desmascarou mais uma tentativa do “Desprefeito” Abílio Brunini de posar de pai da criança alheia. Ao prefeito cabe apenas cadastrar as famílias de baixa renda e fazer o sorteio. E olhe lá. Todo o resto — terreno, obra, financiamento — é da União. É como colocar o nome no bolo de aniversário dos outros e ainda querer apagar a vela.
Para piorar, o autoproclamado gestor, que parece prefeito mas só parece — igualzinho a um bebê reborn: engana à primeira vista —, está visivelmente incomodado por ser chamado do que, convenhamos, mais combina com ele: Desprefeito. Ao invés de governar, Abílio prefere processar quem o critica, como se a Justiça fosse brinquedo de birra. Isso de um sujeito que vive zombando de servidores, atacando adversários com cinismo, e que adora teatralizar indignações quando o alvo é ele próprio. A cara de pau é tanta que o mesmo que se diz defensor dos pobres tenta pegar carona em programas criados por um governo que ele vive tentando desqualificar.
No fundo, o que incomoda Abílio não é o apelido, mas o espelho. A verdade bate e dói: um prefeito que não governa, que não planeja, que não tem compostura nem rumo, mas que quer colher louros de obras que não plantou. O Minha Casa Minha Vida em Cuiabá tem dono: o povo cuiabano, o Governo Federal e o compromisso do presidente Lula com quem precisa de moradia. Já Abílio, que continue com seus delírios de protagonismo — de preferência, longe do canteiro de obras e perto de um espelho. Quem sabe ali ele comece a enxergar que parecer não é ser. E que um reborn, por mais realista que pareça, continua sendo só uma fantasia.