O presidente do Instituto Brasil Cooperado, Maurício Coelho, lançou uma denúncia estarrecedora que coloca em xeque a credibilidade da OAB-MT e escancara um possível esquema de crime ético e jurídico envolvendo o escritório Spadone-Gialdi — do qual faria parte o atual Corregedor-Geral da OAB de Mato Grosso. A acusação é clara: o mesmo escritório teria atuado, de forma dissimulada, nos dois lados de uma ação judicial milionária contra a Unimed Cuiabá.
Segundo os documentos e as pegadas digitais de arquivos processuais, a advogada Fernanda Lenhardt, funcionária do Spadone-Gialdi, elaborou petições tanto para a defesa da Unimed quanto para a parte que processava a própria Unimed. A situação se agrava ainda mais com a revelação de que o escritório, além de receber o maior contrato já pago pela cooperativa de saúde, estaria operando por meio de interpostas pessoas e laranjas para esconder sua atuação dupla — o que, segundo o Artigo 355 do Código Penal Brasileiro, configura patrocínio infiel e simultâneo, ou seja, crime.
A denúncia foi publicada pelo Instituto Brasil Cooperado, com prints, nomes, datas e provas técnicas, e revela uma engrenagem que pode configurar fraude processual, quebra de confiança e grave infração ética. A pergunta que não quer calar: como pode o corregedor da OAB, responsável por fiscalizar a ética da advocacia, estar vinculado justamente ao escritório acusado de violar os princípios mais básicos da lealdade processual? O silêncio da OAB-MT diante da gravidade do caso é ensurdecedor.