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Afegãos abrigados no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, serão acolhidos em hotéis, diz governo federal

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou nesta quinta-feira (29) que os afegãos que abrigados no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos serão acolhidos poderão ficar alojados em hotéis, enquanto o governo federal busca uma solução definitiva para a questão.

“Nós definimos uma ação emergencial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, essas pessoas vão ter a possiblidade de ser adequadamente acolhidas em hotéis, não só em Guarulhos, mas em outras cidades, até que se estruture uma política definitiva para dar conta desse grave problema”.

Na última contagem, realizada no domingo (25), 208 refugiados afegãos estavam abrigados no aeroporto.

Ao todo, existem 1.059 vagas destinadas a imigrantes e refugiados em centros de acolhida em São Paulo e em Guarulhos, incluindo equipamentos gerenciados pelas prefeituras e pelo governo do estado. Entretanto, no momento, 100% dessas vagas estão ocupadas.

Surto de sarna

Na semana passada, ao menos 20 refugiados afegãos foram diagnosticados com escabiose, doença popularmente conhecida como sarna.

O surto foi identificado na quinta-feira (22) por médicos da Prefeitura de Guarulhos e confirmado no domingo (25) por médicos de ONGs que atuam no auxílio das famílias recém-chegadas ao Brasil.

A sarna é uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto entre as pessoas ou por meio de objetos, como roupas, cobertores e travesseiros compartilhados, explica o infectologista do Instituto Emílio Ribas Jamal Suleiman.

Por isso, entre as medidas necessárias para conter o surto, estão os banhos, a constante higienização dos bancos das áreas comuns do aeroporto e a troca de roupa dos doentes.

As vestimentas devem ser lavadas e passadas, uma vez que temperaturas altas são necessárias para acabar com os ovos do parasita.

As organizações Coletivo Frente Afegã, Afghanistan Refugee Recue Organization e Projeto Abarcar ? que auxiliam os refugiados recém-chegados ao país ? pediram que o aeroporto libere os banheiros para higienização pessoal dos afegãos.

Segundo essas organizações, desde agosto de 2022, o aeroporto liberou apenas três vezes a utilização dos vestiários com chuveiros para essa população.

Além das medidas de higiene, o tratamento medicamentoso é fundamental para curar a doença.

A Prefeitura de Guarulhos disse que forneceu atendimento médico aos doentes no próprio aeroporto, com a prescrição de medicamentos para o tratamento, e que os remédios foram fornecidos pela própria municipalidade.

Já a GRU Airport, concessionária responsável pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, alegou que tem contribuído no suporte à realização de procedimentos de higiene pessoal e manutenção de limpeza constante do espaço.

Fonte G1 Brasília

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