O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (20) que o fim do programa de incentivo para compra de carros zero quilômetro ainda não está definido. Ele avaliou que a medida é um “sucesso” e mostrou que redução de carga estimula vendas.
Alckmin ? que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ? deu a declaração após evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o mercado regulado de carbono e a competitividade industrial.
“Isso vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente quando acabar os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo”, afirmou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou que o governo federal “não tem margem” para prorrogar o programa.
No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa: R$ 500 milhões para automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
Mais de 60% dos recursos destinados para o incentivo para automóveis já foi utilizado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Alckmin ainda criticou a carga tributária brasileira taxa básica de juros brasileira e afirmou que este é o principal entrave para a indústria automobilística. “Enquanto o juro não cai, e temos certeza que ele vai cair, vamos ajudar para que o consumidor possa ter acesso”, disse Alckmin,
“O fato é que foi um sucesso [o programa]. E mostrou o seguinte: reduza um pouco a carga tributária que vende mais”, afirmou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (21) e deve manter pela última vez, segundo análise do mercado financeiro, a taxa básica de juros da economia estável em 13,75% ao ano, patamar que se mantém desde agosto de 2022.
Mercado de carbono
O vice-presidente afirmou que o governo vai definir nas próximas semanas a maneira como buscará a aprovação de um marco regulatório para o mercado de carbono.
“O governo está concluindo o projeto de lei para avaliar a melhor maneira de encaminhá-lo sobre o mercado regulado de carbono”, disse Alckmin.
“Acho que é questão de semanas para o governo definir, porque você tem bons projetos no Congresso e o governo também elaborou, fruto de um trabalho interministerial o projeto de mercado regulado de carbono. Vai ser uma avaliação política a melhor maneira de fazê-lo”, afirmou.
Fonte G1 Brasília