Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmam que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura desvios na Previdência Social vai seguir os trabalhos normalmente, mesmo com a reviravolta desta quarta-feira (20), que colocou o senador Carlos Viana (Podemos-MG) no comando do colegiado.
Na visão de interlocutores de Alcolumbre, o presidente do Senado ?segurou? a comissão desde o início de maio, quando a oposição reuniu assinaturas suficientes para a criação do colegiado. Tempo considerado suficiente para o governo se articular. Agora, avaliam que não há mais nada a ser feito.
?É uma derrota do governo. Davi segurou por quase quatro meses [a CPMI]. O governo teve quatro meses para se articular e perdeu?, avaliou uma pessoa próxima a Alcolumbre. ?Davi fez os gestos suficientes e, mesmo assim, o governo não teve articulação?, acrescentou.
Ainda de acordo com pessoas próximas ao amapaense, o resultado desta quarta pegou a todos de surpresa no lado governista. Alcolumbre, por sua vez, confiava nos movimentos capitaneados pelo Palácio do Planalto.
Membros da oposição, que encabeçaram a criação da CPI mista, criticaram a escolha de Omar Aziz pelo presidente do Senado e negociaram o lançamento de uma candidatura alternativa.
Sem acordo, a eleição, que tradicionalmente ocorre de forma simbólica, precisou ser realizada nas cabines de votação. Carlos Viana, então, foi eleito.
Após o resultado, Viana ainda decidiu rejeitar a indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a relatoria do colegiado e escolheu o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) para a função.
Fonte G1 Brasília