O atacante Alesson, atualmente no Goiás, entrou com uma ação trabalhista contra o Cuiabá. O atleta cobra cerca de R$ 270 mil referentes à integração dos direitos de imagem ao salário e premiações do Campeonato Brasileiro de 2022.
A ação foi movida no último dia 17 e corre na 6ª Vara do Trabalho de Cuiabá.
O advogado de Alesson, Fernando Cruz, explicou que a Lei Pelé estabelece que, do total do salário do jogador, 40% pode ser pago como imagem e os outros 60% têm de ser obrigatoriamente anotado na Carteira Nacional de Trabalho e Previdência Social (CNTPS), algo que não teria sido feito pelo Cuiabá.
De acordo com o advogado, Alesson estava recebendo a proporção em torno de 30% declarado na Carteira e o restante como direito de imagem. Com a integração ao salário, passa a ser aplicado FGTS, férias e 13º, totalizando aproximadamente R$ 200 mil.
Quanto à premiação paga pelo clube ao elenco pela permanência no Brasileirão em 2022, Alesson alega que recebeu valor inferior a jogadores que sequer entraram em campo na campanha. O atacante fez 21 partidas pelo Dourado na Série A passada, sendo 11 como titular, e cobra correção de R$ 70 mil na premiação.
Alesson teve saída conturbada do Cuiabá já na reta final da temporada. À época, ele estava cedido por empréstimo do Vila Nova e teve contrato rescindido antes do término pela diretoria auriverde. O vice-presidente do clube, Cristiano Dresch, chegou a dar declaração que o time precisava de “jogadores com vontade de vencer”.
Na opinião de Cruz, a forma como a saída foi conduzida influenciou na decisão do atacante em processar a ex-equipe. Ele ainda citou um caso em que o jogador não teria recebido a atenção apropriada no tratamento de uma lesão.
– Se o contrato fosse cumprido até o final, a premiação paga e não tivesse nada conturbado, muito pouco provável que o Alesson teria cobrado alguma coisa. Faz tempo que milito nessa área e normalmente o atleta entra com ação não pelo valor devido, mas por algo que foi falado ou pela forma que foi tratada a rescisão.
– Não posso falar por ele, mas acredito que no caso dele não seria diferente. Ele também teve um problema de lesão, em que o tratamento e a atenção dada não foram boas. Tudo isso fez chegar nesse ponto. Da lesão não pedimos nada, mas poderíamos.
Uma audiência de conciliação entre as partes está marcada para o dia 28 de junho. O advogado garante que Alesson está aberto para negociações. O passo seguinte é a audiência de instrução, a ser marcada.
Fonte GE Esportes