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Aliados dizem que Motta quer evitar polarização no tema da segurança; votação de ‘PL do terrorismo’ é adiada

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O projeto que trata facções criminosas como terroristas teve a votação adiada pela segunda vez nesta semana nesta quarta-feira (5). O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu sessão no plenário na manhã desta quarta ? o que automaticamente cancela as sessões nas comissões.

O mesmo já tinha acontecido na terça-feira (4). O tema tem sido tratado como prioritário pela oposição, mas o governo teme que a medida abra brecha para intervenção militar dos Estados Unidos ? a exemplo de outras operações que já aconteceram na América Latina.

Por isso, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), pediu pessoalmente ao presidente da Casa para segurar a votação da matéria.

Guimarães disse que o projeto que transforma facções em terrorismo “está nas mãos do Hugo”, mas acredita que a solução vai passar por um caminho que não seja a votação na CCJ, nem no plenário.

Também defendeu como alternativa que se mude o relator para não ser um parlamentar da oposição.

Temor de polarização

Hugo Motta tem demonstrado a aliados uma preocupação com a possibilidade de a polarização dominar o debate da pauta da segurança pública ? que o presidente tem repetido que é prioritária para a Câmara.

Por isso, Motta sinalizou a interlocutores que quer tratar o projeto com cautela. O presidente da Câmara quer entender as possíveis consequências que o Brasil pode sofrer da comunidade internacional.

Além disso, segundo seus interlocutores, o presidente da Câmara não cravou que a relatoria da proposta no plenário ficará com um deputado da oposição.

Em seu entorno, há quem defenda que a proposta seja relatada por um nome de centro para não polarizar a discussão entre governo e oposição.

Na CCJ, o relator é Nikolas Ferreira (PL-MG), outro deputado da oposição. Como a proposta tramita em regime de urgência, pode não ser analisado pela comissão e ser votado direto ao plenário.

?? Deputados da base do governo veem como proposital o cancelamento das sessões na CCJ e dizem que o presidente da Casa sinalizou que quer priorizar o projeto antifacções, enviado pelo governo na semana passada.

? A proposta endurece as penas para as organizações criminosas e cria novas ferramentas de investigação.

É a mesma avaliação de um deputado do Centrão que conversou com Motta sobre o projeto. Segundo este parlamentar, Hugo deu sinais de que quer avançar com o projeto do governo, não o do terrorismo.

Autor do projeto que trata facções como terrorismo, o deputado Danilo Forte (União-CE) pediu para que a matéria seja ?apensada? ao projeto antifacções para tramitar de forma conjunta na Câmara. A medida é vista como estratégia da oposição para avançar com o texto na Casa.

?? Segundo um deputado petista, o governo aceitaria que Derrite fosse o relator da proposta, desde que não inclua no parecer a equiparação de facções ao terrorismo.

O presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), diz que conversou com Hugo Motta após o adiamento e que ele ?ponderou que ainda não tinha decidido qual o rito de tramitação que ele vai adotar para o PL antifacção, encaminhado pelo governo, e que é correlato ao PL do terrorismo?.

Fonte G1 Brasília

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