A seca de gols dos atacantes começa a surtir efeitos negativos no Cuiabá. Contra o Vasco, mais uma vez o Dourado teve pouca efetividade ofensiva e desperdiçou a oportunidade de abrir, ou pelo menos manter, vantagem para um rival direto na briga contra a zona de rebaixamento.
Já foram disputados 12 jogos no Brasileirão, e até aqui Deyverson é a única peça de ataque que conseguiu balançar as redes. Entre as 20 equipes, o Cuiabá é o time que menos marcou no campeonato, empatado com o lanterna Coritiba – nove pra cada. Em algum momento, o jejum vivido pelos jogadores de frente vai gerar consequências para o coletivo.
Sem um lateral-direito de ofício à disposição, António Oliveira optou por escalar o volante Raniele na função e manter o esquema tático das últimas rodadas. Com isso, Filipe Augusto entrou para exercer a função híbrida entre primeiro homem no meio-campo e terceiro zagueiro no momento sem a bola.
O jogo no estádio Luso-Brasileiro foi morno, com poucas chances claras para ambos os lados. Típico duelo em que qualquer detalhe pode condicionar o resultado final. O Dourado teve 14 chutes, mas só três tiveram a direção correta e ainda assim levaram pouco perigo contra a meta defendida pelo goleiro Léo Jardim.
A melhor oportunidade saiu aos 52 minutos do segundo tempo. Atrás no placar e na base do abafa, o Cuiabá levantou a bola na área do Vasco, Ronald pegou a sobra e arriscou da entrada da área para boa defesa do arqueiro rival.
O time auriverde até teve presença no campo de ataque, mas a dificuldade em acertar um passe vertical ou algum drible que pudesse quebrar as linhas adversárias teve um preço caro.
Aos 28 minutos, o Vasco pegou a defesa desorganizada, aproveitou o espaço cedido na entrelinha para achar Figueiredo dentro da área. Raniele chegou atrasado no lance e cometeu pênalti que mudou a história do confronto.
Defensivamente, os comandados de António Oliveira seguem tendo boa organização, impedem que o rival consiga entrar com facilidade na própria área e cedem poucas oportunidades cara a cara com Walter.
O problema persiste quando o Cuiabá precisa furar o bloqueio para finalizar em zonas com maior expectativa de gol. Contra o Vasco, por exemplo, o artilheiro Deyverson terminou a partida sem nenhum arremate.
O jogo precisa servir de lição para a sequência da Série A, principalmente já na próxima rodada, quando o Dourado encara mais um time que busca pontuar para se afastar da parte de baixo da tabela de classificação.
Fazer com que os atacantes sejam mais efetivos na hora de concluir a gol é fundamental para que o time volte a vencer e se mantenha fora do Z-4. A solidez defensiva pode ser crucial para as pretensões do clube, mas ajustes para marcar gols precisam ser feitos na busca pelas vitórias.
Fonte GE Esportes