Não é exagero afirmar que a sorte esteve do lado do Cuiabá neste domingo. Além da competência, o Dourado contou com este fator na vitória por 1 a 0 sobre o Fortaleza, no Castelão, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O próprio técnico António Oliveira admitiu, em entrevista coletiva pós-jogo, que o acaso foi favorável à sua equipe, ao sair vencedora em uma partida com três bolas na trave para o adversário – sendo duas delas no mesmo lance.
– Primeiro quero parabenizar os jogadores, que foram os grandes responsáveis pela vitória de hoje. Dentro daquilo que foi a estratégia e daquilo que esperávamos do adversário, nada fugiu. É uma arte controlar o jogo sem bola, defender bem e o Cuiabá faz isso. Evidente que em alguns momentos tivemos sorte, principalmente nas duas bolas na trave. É muito difícil jogar contra nossa equipe porque controla o jogo interior e obriga o adversário a jogar por fora. É só observarem a quantidade de cruzamentos do adversário, porque não tem outra forma. No primeiro tempo fomos mais eficazes, mas depois lógico que jogamos com o relógio, com o resultado.
O Dourado chegou à sua quarta vitória fora de casa em oito jogos e atingiu – ao menos de forma momentânea – o posto de segundo melhor visitante do Brasileirão. Em contrapartida, só venceu uma dentro da Arena Pantanal, desequilíbrio que o comandante tentará melhorar para buscar metas maiores.
– Os números indicam que somos muito fortes como visitantes, mas queremos equilibrar essa estatística. Sermos mais equilibrados em número de pontos fora e em casa para rapidamente entrar em uma zona tranquila que nos permita lutar por objetivos de acordo com aquilo que meus jogadores devem e merecem estar.
Na próxima rodada, o Cuiabá recebe o São Paulo, no sábado, e já sabe do desfalque do meia Pablo Ceppelini, advertido com o terceiro cartão amarelo. Perguntado sobre a baixa, António Oliveira contestou a escolha pelo árbitro Yuri Elino Ferreira da Cruz, do Rio de Janeiro, e se irritou com a punição ao uruguaio, amarelado por retardar cobrança de lateral.
– O árbitro veio fazer seu jogo de estreia na Série A. Isso parece que é rotina com o Cuiabá, mandarem esses árbitros. Ele não apitou mal, todos têm direito a oportunidades, mas o que tenho lutado é que as escolhas para fazer essas experiências têm o Cuiabá como cobaia. Ninguém vai olhar o que o treinador do Cuiabá diz, só quando estivermos em segundo lugar. Enquanto só olharem para o “Cuiabazinho, coitadinho” vai acontecer essa situação.
– Acabo por perder um jogador para o próximo jogo com um cartão amarelo inacreditável. Não há explicação, o caminho está ficando cada vez mais perigoso e os árbitros mais condicionados. Mas não vou comentar mais sobre isso. Perdi um jogador importante, que estava num período de bom rendimento, mas quando o Pablo não jogava, outro jogava e dava conta. Em nenhum momento vamos mudar nossa estrutura, mas vamos ter que olhar para o adversário e ver o que nos tem para oferecer.
O time mato-grossense ganhou uma posição na tabela e agora é o 13º colocado, com 19 pontos, a oito do Goiás, primeiro time da zona de rebaixamento, mas que ainda joga na rodada – contra o Atlético-MG, no estádio da Serrinha.
Fonte GE Esportes