O Cuiabá empatou em 1 a 1 com o São Paulo na noite deste domingo, na Arena Pantanal, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em sua análise pós-jogo, o técnico António Oliveira viu justiça no resultado final.
O Dourado saiu na frente com gol de pênalti de Deyverson logo aos seis minutos do primeiro tempo, e jogou boa parte da etapa final com um jogador a mais. No entanto, cedeu a igualdade, em lance de bola parada. A defesa auriverde falhou e Luizão, praticamente sem querer, colocou a bola na rede aos 34 do segundo tempo.
– Faltou o que tem faltado. Tivemos oportunidades mais que suficientes para matar o jogo. Disse aos meus jogadores, quem não mata, morre. É uma arte saber controlar o jogo sem bola e não soubemos. Não podemos cometer o erro de fazer duas faltas seguidas com o adversário de costas, sem qualquer perigo, que era a única forma deles conseguirem nos ferir. Falhamos numa situação em que somos fortes, e o adversário teve alguma sorte, mas isso não interessa, teve seu mérito de empatar o jogo. A gente esbarra sempre na mesma situação que estamos falando, pela ineficácia que tivemos, acaba que o resultado foi justo.
Deyverson, inclusive, foi o protagonista da etapa inicial. Além do gol, o primeiro com a camisa do Cuiabá, ele provocou a torcida adversária, distribuiu chapéus e entrou em atrito com jogadores da equipe paulista. Tomou cartão amarelo e acabou substituído no intervalo. O treinador português explicou a opção por tirar o atacante e comentou a importância de ter marcado.
– Todos sabem porque tirei o jogador do campo. Sabe por que? Porque se ele entra no segundo e acaba por ser expulso, sabe de quem é a responsabilidade? Do treinador. Relativamente ao gol, os atacantes vivem de gols e gera confiança para dar continuidade ao trabalho. Entendemos o Deyverson, mas não podemos apontar o dedo ou uma pistola ao jogador. Percebemos os comportamentos que ele tem no campo, muitas das vezes gera alguma irritação no adversário, mas o adversário também tem que se conter. Em alguns comportamentos, os jogadores do São Paulo estavam tentando provocar a expulsão do Deyverson.
António Oliveira também reclamou a atuação do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, o qual ele chamou de “muito fraco”. O técnico ficou visivelmente irritado com o cartão amarelo recebido já no início da partida, que o tira do próximo compromisso do Cuiabá, e com a conduta o juiz.
– O árbitro é muito fraco. Nós não podemos analisar só sobre o ponto de vista disciplinar e técnico. Eu não tenho essa capacidade para analisar o trabalho dele, mas sobre o ponto de vista de gestão de pessoa, isso eu tenho. É uma valência que um árbitro de futebol tem que ter e a maioria nem sabe se comportar, não sabe gerir seres humanos, pô. Falta de bom senso, de gestão, a maneira que eles olham, parece até que somos animais. Ele [Wagner] já apitou partidas minhas três ou quatro vezes, desde quando eu estava no Athletico, e não aprende. O futebol é um jogo de emoções. Ele tem a dele e nós temos as nossas. Se ele fica a nos desafiar, na primeira dá amarelo, onde fica o respeito? Somos bandidos ou o que? Temos que perceber quem nomeia esses juízes também. O futebol tem que ficar saudável.
Com o empate, o Cuiabá vai a 26 pontos e deixa a zona de rebaixamento, no 16º lugar. A equipe volta a campo no próximo sábado, quando enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, pela 26ª rodada do Brasileirão.
Fonte GE Esportes