A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (28) em rede social, após anúncio do governo da volta da tributação de combustíveis, que é preciso “rever a indecente distribuição de dividendos” da Petrobras.
Gleisi disse que “agora é construir na Petrobras uma política de preços mais justa, acabar com PPI [Preço de Paridade Internacional] e rever a indecente distribuição de dividendos da empresa para ela voltar a investir e fazer o Brasil crescer”.
Crítica da reoneração da gasolina e do etanol, ela também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “teve sensibilidade para diminuir o impacto da reoneração de combustíveis no bolso do consumidor, com redução de alíquotas dos impostos e do preço na refinaria”.
Ela destacou como importante a taxação na exportação do óleo cru, anunciada pela equipe econômica.
O debate sobre a reoneração dividiu a ala econômica e política do governo. Na semana passada, Gleisi afirmou que voltar a taxar combustíveis agora seria “descumprir compromisso de campanha“.
Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou a postagem da presidente do PT e disse que o governo pretende debater uma nova política de preços para a Petrobras nos próximos meses. Ele classificou como absurdo o PPI.
“Nós queremos fazer esse debate sobre o absurdo que é a política de formação de preços da Petrobras, feita pelo governo anterior, que gerou às custas do cidadão níveis de lucros que são apropriados apenas por parte de seus acionistas, e não recursos que são revertidos em investimento no Brasil”, disse Padilha.
O PPI foi adotado pela Petrobras durante o governo Temer, na gestão de Pedro Parente à frente da petroleira.
Volta dos impostos
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Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) detalharam nesta terça-feira (28) como será a volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol, a partir desta quarta-feira (1º).
Segundo Haddad, a reoneração será de:
- R$ 0,47 para a gasolina;
- R$ 0,02 para o etanol.
Fonte G1 Brasília