Publicitários envolvidos em duas das três principais campanhas na disputa pela Prefeitura de São Paulo passaram a debater já na noite deste domingo (15), logo após a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), uma espécie de pacto formal pela civilidade no restante da corrida.
As campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) falaram rapidamente sobre o assunto logo após o episódio. O publicitário que toca a campanha de Datena, Felipe Soutello, também foi acionado.
Ainda que apenas no papel, um pacto refletiria o que, na opinião de outros publicitários envolvidos em campanhas de capital, espelha o espírito das disputas municipais.
Um marqueteiro que faz campanhas no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte diz que há fadiga com a campanha baseada na agressão e prevê um derretimento de Marçal após o debate deste domingo (15), ainda que ele tenha sido fisicamente agredido.
As duas principais campanhas, a de Ricardo Nunes e de Boulos medem desde ontem, em pesquisas qualitativas, o impacto da agressão sobre a imagem de Marçal.
Eleitores que acompanharam toda a cena, desde a agressão verbal de Marçal contra Datena, até a cadeirada, vinculam a reação ao que chamam de provocação desmesurada. Datena foi chamado até de estuprador em rede nacional.
Fato político
Para a campanha de Nunes, Marçal foi ao debate exatamente para criar um fato político capaz de reverberar nas redes, depois que a última pesquisa Datafolha apontou uma inflexão nas intenções de votos do candidato do PRTB.
A pergunta que todas as campanhas em São Paulo se fazem neste momento é: ele passou do ponto?
Fonte G1 Brasília