Afastado das agendas públicas, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou nesta quinta-feira (24) de reunião virtual com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre os assuntos discutidos, segundo a equipe de Lula, estão o Programa Nacional de Imunização (PNI) e os recursos do Orçamento destinados à saúde.
Lula participou do encontro fechado de forma remota, diretamente da sua residência no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Ele está em repouso, a pedido da equipe médica que o acompanha, em razão de uma cirurgia para retirada de lesões na prega vocal esquerda, ocorrida no último domingo (20).
De acordo com a assessoria do presidente eleito, ele defendeu o aumento de investimentos em inovação na saúde e a recuperação do PNI. Lula também repetiu declarações feitas durante a campanha de que a saúde não será encarada como um gasto para o novo governo.
“Participei agora de reunião online com especialistas em saúde sobre o Programa Nacional de Imunizações, nosso programa de vacinas, que sofreu tanto nos últimos anos. Vamos trazer de volta o Zé Gotinha e fazer do Brasil mais uma vez referência mundial em vacinação”, escreveu em uma rede social.
Em vídeo obtido pela TV Globo, Lula disse que o novo governo não pode deixar que brasileiros esperem por “meses” ou “anos” atendimentos especializados após consultas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Esse povo tá muito sofrido, sabe? O povo, ele até consegue ir à UPA, mas depois da UPA ele não consegue mais nada. Depois da UPA, ele fica meses esperando, anos esperando, e não podemos deixar isso”, declarou.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, afirmou que Lula “quer fazer o SUS [Sistema Único de Saúde] voar”.
“Ele não pediu, ele encomendou as melhores propostas para melhorar o acesso aos serviços assistenciais do SUS e para recuperar rapidamente as coberturas vacinais. Nós topamos o desafio”, disse.
Além de representantes da Fiocruz e especialistas em saúde, o encontro contou com a participação de cinco ex-ministros da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE), o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), Arthur Chioro, José Gomes Temporão e José Agenor.
Fonte G1 Brasília