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Após diagnósticos de câncer na família, casal de torcedores do Cuiabá coleciona camisas como forma de superação

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A jornada do Cuiabá em quatro temporadas na Série A do Campeonato Brasileiro virou oportunidade para o casal Saito. A gerente financeira Fátima e o engenheiro civil Eduardo colecionaram mais de 40 camisas dos times que visitaram a Arena Pantanal nos últimos anos.

Mas o hábito surgiu com intuito muito maior do que apenas iniciar uma coleção. Foi uma forma de superar uma série de notícias ruins: três diagnósticos de câncer na família. Fátima, o pai e a irmã de Eduardo teriam de travar batalhas contra a doença.

– Alguns anos atrás eu descobri um câncer e em sequência o pai dele descobriu um câncer, em sequência a irmã dele também. Vinha todo mundo em tratamento, ele já apreensivo, esposa, pai e irmã, não foi fácil pra gente. E o pai dele não aguentou e veio a falecer. E ele sempre apaixonado por futebol, qualquer coisa sobre futebol estava ali concentrado assistindo. E até isso ele perdeu – contou Fátima.

Diante das adversidades, as arquibancadas se tornaram aliadas para amenizar as dores. Fátima não era tão ligada ao futebol, mas viu no esporte a chance de se reconectar com o parceiro de mais de 20 anos.

– Até como casal, em meio a tantos problemas, acabamos nos afastando um pouco. De repente surgiu a Série A do Cuiabá nas nossas vidas. Quando cheguei aqui (na Arena Pantanal), vi a animação, foi o único lugar que eu esqueci todos os meus problemas (começa a chorar). E eu vi a alegria dele, parecia uma criança. Tinha um menininho do lado pedindo camisa com uma faixa, vi um brilho no olho dele. Há muito tempo não via ele desse jeito – descreveu ela, emocionada.

Presença constante nas partidas do Cuiabá como mandante, o engenheiro civil escolhe uma cadeira próxima ao túnel de acesso dos vestiários ao campo e leva um cartaz com o nome de um jogador da equipe visitante, junto do pedido pela camisa.

– Os jogadores não sabem os problemas que a gente passa no dia a dia, problema no serviço, em casa. Até chegar aqui e ter a alegria naquele momento, pelo futebol, pelo esporte – disse Eduardo.

– O jogador não sabe a alegria que o esporte pode proporcionar na vida da pessoa. Isso muda a vida.

Fátima fez sessões de quimioterapia e precisou passar por cirurgia para tratar câncer de mama. Hoje, realiza acompanhamento pós-tratamento e toma medicamento diariamente para controle. Mas isso não será empecilho para o casal, que promete estar na Arena Pantanal em 2025 em busca de novas histórias para a coleção.

Fonte GE Esportes

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