Vendo o avanço da principal chapa de oposição, Guilherme Boulos (PSol) e Marta Suplicy (Sem Partido), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, vai investir em uma estratégia diversa. Ele prepara uma intensa agenda de lançamento de obras: serão apresentados 11 grandes empreendimentos na cidade até fevereiro. E a escolha do vice? Ele vai adiar ao máximo.
“Se existe uma frente ampla em defesa da cidade de São Paulo é a nossa, com 12 partidos”, diz o secretário de Governo de Nunes, Edson Aparecido. Ele afirma que exatamente pelo tamanho da aliança a escolha do nome a compor com Nunes deverá ser avaliada com cautela e só mais adiante, para consultar presidentes de partidos.
A estratégia, segundo aliados do prefeito, é usar o tempo para buscar um nome que tenha maior amplitude dentro do grupo de aliados, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo pessoas próximas, os nomes ventilados até agora estão muito longe desse consenso. Esse grupo, aliás, relata conversa privada entre Nunes e Bolsonaro, na qual o ex-presidente usou as próprias escolhas de companheiros de chapa para dar liberdade ao prefeito.
Segundo os relatos, Bolsonaro disse a Nunes o seguinte: “Vice é uma coisa que, você veja como eu fiz: eu que escolhi. Ninguém pode botar o dedo”. A fala foi lida como sinal verde para que Nunes prospectasse um parceiro ou parceira de chapa com mais liberdade.
O ex-presidente, claro, será consultado, assim como o governador Tarcísio de Freitas e presidentes de partidos como o Republicanos e o PP.
Mas Nunes não quer parar por aí. Nesta terça (16), ele esteve com Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula e ex-deputado. Aldo está, hoje, no PDT.
Fonte G1 Brasília