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Após viagem de Lula, Amorim vai à Rússia e pede diálogo com a Ucrânia por cessar-fogo

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O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, voltou a defender durante agenda oficial em Moscou, na Rússia, que o país dialogue com o governo da Ucrânia para negociar um acordo de cessar-fogo.

Ex-ministro das Relações Exteriores, Amorim viajou para a Rússia para participar da XIII Reunião Internacional de Altos Representantes Responsáveis por Assuntos de Segurança.

A visita dele ocorre semanas após viagem do presidente Lula ao território russo. Em 9 de maio, o petista esteve em Moscou para as festividades do Dia da Vitória ? data que marca a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Após o retorno, Lula e Putin também conversaram por telefone.

Durante a agenda, Amorim se encontrou com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e com Yuri Ushakov, assessor de Putin para a política externa russa.

“Em relação ao conflito na Ucrânia, nós apoiamos todas as iniciativas de diálogo entre as partes e esperamos que elas possam contribuir para criar as condições de um cessar-fogo e uma paz duradoura”, afirmou Amorim em Moscou.

“No último ano, Brasil e China lançaram o Grupo de Amigos da Paz às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas. Nós esperamos que esse grupo, atualmente composto por 13 nações do Sul, possa ser ampliado”, acrescentou o ex-chanceler.

Invasão da Ucrânia

Desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, em fevereiro de 2022, após tropas de Putin invadirem o território ucraniano, o presidente Lula tem defendido nos fóruns internacionais que os dois governos cheguem a um acordo de paz.

Lula também tem defendido que as negociações sejam mediadas por países aceitos pelos dois lados envolvidos na guerra, citando como possíveis mediadores o próprio Brasil, além de países como China, África do Sul e Indonésia.

Lula e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, porém, se distanciaram no último ano em razão de declarações do presidente brasileiro que geraram críticas por parte de Kiev.

O presidente disse, por exemplo, que Zelensky fosse “esperto”, diria que a saída para o fim da guerra é diplomática, não militar. O ucraniano, por sua vez, disse que Lula não é mais um “player” nas negociações.

Mesmo assim, no último dia 13, o Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Mauro Vieira conversou por telefone com o chanceler da Ucrânia, Andrii Sybiha, sobre a guerra que o país trava com a Rússia, reiterando a posição do Brasil de que haja uma negociação direta entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

A confirmação do Itamaraty aconteceu após Sybiha ter publicado em uma rede social a informação de que havia conversado com Mauro Vieira e pedido ajuda do Brasil nas conversas entre a Ucrânia e a Rússia.

Agenda na Turquia

Após a agenda em Moscou, Celso Amorim cumprirá agendas na Turquia, onde se encontrará com autoridades locais e deverá abordar nas discussões a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

A viagem acontece justamente no momento em que as principais tratativas para um eventual acordo de paz ocorrem em Istambul, na Turquia.

Há duas semanas, sem as participações de Putin e Zelensky, delegações dos dos países se reuniram na cidade turca para discutir o possível fim da guerra, o que não se concretizou.

A Rússia, agora, propôs uma nova rodada de negociações diretas em Istambul na próxima segunda-feira (2). A Ucrânia deseja seguir a negociação, mas deseja receber um documento prévio com as condições russas.

Segundo o gabinete de Amorim, a avaliação é que as reuniões em Moscou foram boas e que os russos demonstraram estar “relativamente positivos” quanto às discussões bilaterais acontecendo na Turquia

Atuação do Brics

Em um café da manhã nesta quinta-feira (28) com representantes para assuntos de segurança dos países do Brics, Celso Amorim afirmou que o bloco de economias emergentes tem condições de contribuir para paz e segurança e citou a guerra na Ucrânia ? o Brasil está no comando rotativo do grupo.

O assessor lembrou que Brasil e China apoiam uma solução negociada do conflito e apresentaram uma proposta de mediação. Amorim aproveitou para também destacar a importância do apoio do Brics para reforma da Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte G1 Brasília

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