A vitória de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando havia 98% das urnas apuradas, às 19h57. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava 49,17%.
Essa é a menor diferença percentual a favor do ganhador desde que as eleições livres foram retomadas, em 1989.
Os dois candidatos que disputavam a presidência neste domingo (30) estiveram na frente da disputa em momentos diferentes da apuração. Presidente eleito, Lula (PT) ultrapassou Jair Bolsonaro (PL) às 18h44 e alargou a diferença desde então.
Nos 7 primeiros minutos de apuração, quando o percentual de votos era menos de 1%, Lula ficou na dianteira da disputa, mas perdeu o posto às 17h07. Bolsonaro, então, passou mais de uma hora liderando.
LEIA TAMBÉM
Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente.
Bolsonaro é o primeiro presidente a fracassar na busca por ser reconduzido ao posto desde a redemocratização. Ao longo da corrida, seu governo lançou mão de diversas medidas para aumentar a popularidade e tentar ampliar as chances de reeleição.
Torneiro mecânico, líder sindical e membro fundador do PT, Lula, de 77 anos, é o primeiro ex-presidente a voltar ao cargo (relembre a trajetória). Ele governou por dois mandatos, entre 2003 e 2010 ? o terceiro começa em 1º de janeiro de 2023. Ao deixar o Planalto, tinha aprovação recorde e foi sucedido por Dilma Rousseff (PT), que esteve à frente do Executivo entre 2011 e 2016, quando sofreou impeachment.
Desta vez, o petista terá quatro dias a mais para governar o país ? uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro. Lula retorna 12 anos após encerrar seu segundo governo e três depois de sair da prisão, onde passou 580 dias.
Condenado pelo ex-juiz e senador eleito Sergio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi preso em abril de 2018.
Ele deixou a carceragem, em Curitiba, em novembro de 2019, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a prisão em segunda instância. Em março de 2021, a Corte anulou as condenações impostas por Moro, que foi ministro de Bolsonaro.
RESUMO DAS ELEIÇÕES:
- Lula vence o segundo turno e volta para o terceiro mandato de presidente
- MAPA DA APURAÇÃO: Veja como foi votação na sua cidade
- Ciro Gomes, Tebet, FHC, Moro: veja a repercussão no meio político
- FOTOS: vitória de Lula é celebrada com festa nas ruas do país
- Veja quem é quem no discurso de vitória de Lula
- Gleisi, Janones, Boulos: os principais membros do núcleo político de Lula
- Da hora da virada à vitória de Lula; gráfico mostra ritmo da apuração
Fonte G1 Brasília